Há alguns anos fui convidado para almoçar em certa casa. O dono da
casa me pediu que orasse. Depois de pedir a bênção e expressar a nossa gratidão
pelos dons de Deus, ele disse com certa franqueza: "Realmente não vejo
razão para isto: pois eu mesmo provi esta refeição." Em resposta
perguntamos: "O senhor nunca pensou que se falhassem a sementeira e a
colheita uma só vez em toda a terra, a metade do povo morreria antes da próxima
colheita? E não pensou também que se falhassem a sementeira e a colheita em
dois anos sucessivos em todo o planeta, todos os homens morreriam antes da
seguinte colheita.
Evidentemente assombrado, ele admitiu que nunca pensara em tal
possibilidade. Então sugerimos estar muito equivocado em dizer que fora ele
quem fornecera aquela refeição para nós. Ele devia a Deus a sua própria vida e
as forças para ganhar o dinheiro. Deus havia posto vida no grão e no animal que
usávamos como alimento, coisa que ele nunca poderia fazer.
Lembramos-lhe que ele havia sido um cooperador com Deus, participando
das leis divinas para suprir as nossas necessidades. Então perguntamos: "Se
alguém lhe desse alguma coisa, o senhor não diria "obrigado"? E se
fossem repetidas as dádivas duas ou três vezes ao dia, o senhor não diria
"obrigado" cada vez'? Com isso ele prontamente concordou. "Então
o senhor entende por que dizemos 'obrigado' a Deus cada vez que recebemos suas
bênçãos." A isto ele exclamou: "Ah! isto não é mais do que boa educação,
sem falar em ser inteligentemente agradecido!"
Trecho do livro: Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Meyer Pearlman
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