terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O que nós, Cristãos, Precisamos saber sobre o Judaísmo - Ariovaldo Nuvolari (Aluno da FATESA- Casa do Saber)


O texto abaixo foi extraído de um livro de 463 páginas, porém de fácil leitura, publicado, em 2003, pela Editora e Livraria Sefer. O autor do livro é o rabino Benjamim Blech. Em português levou o título: O mais completo guia sobre Judaísmo, a partir da tradução feita por Uri Lam. O título original em inglês é: “The complete idiot’s guide to understanding judaism” ou “O guia para o mais completo idiota entender o judaísmo”.
Ao final de cada capítulo o autor resume diversas crenças e/ou tradições do judaísmo, sob o título: O mínimo que você precisa saber. Estamos apenas reproduzindo tais resumos. O que se percebe é que a doutrina cristã tem vários pontos de pensamento comuns com o judaísmo, mas também pontos extremamente conflitantes. Resolvemos grifar alguns trechos para reflexão, mas não estamos fazendo comentários a respeito, apenas deixando para os mais experimentados conhecedores da doutrina cristã eventualmente fazê-lo.

Capítulo 1. O mundo segundo Deus

·    O judaísmo começa com Abrahão, que reconheceu um Deus como o criador do Universo;
·  A teoria do BIG-BANG, aceita pela  maioria dos cientistas da atualidade, está em   consonância com o ensinamento judaico de que o universo passou a existir do nada e de uma hora para outra;
·   O Judaísmo insiste que Deus, o Criador, é somente Um – uma crença no monoteísmo que rejeita; os muitos deuses das religiões pagãs, os dois deuses do dualismo (o Deus bom e o Deus mau) e os três componentes da trindade cristã;
·   O  Judaísmo acredita que Deus, o Criador, é também um Deus Misericordioso – um Deus que mantém uma relação pessoal com todas as criaturas;
·   O Judaísmo acredita que Deus é bom por definição; segundo o monoteísmo ético, o Criador Todo-Poderoso opta por se guiar voluntariamente somente pelos princípios da verdade, da bondade e da justiça;
·  Os dois nomes hebraicos para Deus, traduzidos para a língua portuguesa, como Eterno e Deus se referem a duas qualidades combinadas harmonicamente: o atributo mais feminino da bondade e o mais masculino, da justiça estrita;
·  Uma prova absoluta da existência de Deus não é possível nem desejável, porque isso poderia eliminar a crença; o judaísmo aceita a certeza da existência de Deus como a mais lógica entre as alternativas possíveis.

Capítulo 2. O homem e a mulher

·  No princípio, Deus criou um único homem, de modo que toda a humanidade pudesse compartilhar de um ancestral comum e reconhecesse o valor singular de cada indivíduo;
·   O ser humano foi criado por Deus a partir de uma mistura de fontes Divinas e terrenas, de modo que o homem e a mulher devem honrar e ter um cuidado especial tanto com o corpo quanto com a alma;
·   O homem  “à imagem de Deus” diz respeito à sua singularidade como portador de alma e mente;
·  O homem e a mulher são diferentes entre si e exige-se de ambos, com suas naturezas complementares, uma expressão integral de humanidade;
·   A humanidade tem o livre-arbítrio garantido e, por esta razão, as pessoas são responsáveis por suas ações;
· Os seres humanos vêm a este mundo com uma alma pura, livre de culpas ou responsabilidades pelo pecado original;
·  Deus deixou o mundo incompleto e imperfeito para que nós possamos ter a oportunidade de completar o ato Divino da Criação.

Capítulo 3. Amigos

·  A lei judaica, tal como resumida nas duas tábuas que contém os Dez Mandamentos, preocupa-se com nossas obrigações tanto com Deus quanto com nossos semelhantes, homens e mulheres;
·   O  judaísmo dá um lugar de destaque e considera mais importante a ajuda às pessoas do que o louvor a Deus, pois Ele nunca está necessitado, mas as pessoas sim;
·  A destruição do Segundo Templo foi muito mais grave do que a do Primeiro Templo, porque o pecado que a causou foi, mais do que a idolatria, o ódio entre as pessoas;
·   Ajudar as pessoas monetariamente é tsedacá, um ato necessário e de justiça, que é mais do que caridade, um simples ato voluntário de bondade;
·   Ainda mais elevado do que o tsedacá é o conceito de guemilát chéssed, atos beneficentes que vão além das doações materiais;
·   Mais do que o povo escolhido, os judeus são o povo que escolheu, cuja singularidade foi a boa vontade de ser o primeiro a aceitar as leis de Deus;
·    A visão messiânica coloca sobre os judeus a responsabilidade e a missão de aperfeiçoar o mundo e servir como uma luz entre as nações;

Capítulo 4. A lei e a ordem

·   De acordo com o judaísmo, os seres humanos enfrentam um “exame final” após a morte, o que exige a prestação de contas em quatro grandes áreas;
·   O judaísmo difere do cristianismo ao enfatizar um Deus da lei acima de um Deus do amor, bem como a ação acima da crença;
·  O  judaísmo difere do humanismo secular por acreditar que Deus seja necessário como   fonte máxima do comportamento ético e moral;
·   Os judeus aceitam os chukim, leis que não fazem sentido, não como irracionais, mas como leis supra-racionais, as quais se exige que sejam aceitas mais por crença do que por compreensão;
·  Deus nos dá ordens em favor Dele, mas para nosso próprio benefício, através de um conjunto de mandamentos cujo objetivo maior é a moderação e o “meio-termo de ouro” ??

Capítulo 5. Este é um mundo maravilhoso

·   Pelo fato de Deus ter olhado e visto que “o mundo é bom”, o homem tem a obrigação de reverenciar a vida e aproveitá-la;
·  O judaísmo considera o celibato, a pobreza e o isolamento como pecados que afastam as pessoas do mundo e do seu pleno aproveitamento;
·   O judaísmo é uma religião da vida, não da morte; a preservação da vida tem precedência sobre todas as outras leis judaicas;
·    O suicídio é um pecado grave, considerado como um assassinato;
·   Embora a vida após a morte ofereça uma enorme alegria, ela interrompe a oportunidade do indivíduo crescer e realizar mais boas ações.

Capítulo 6. O maior best seller de todos os tempos

·   O Pentateuco, Chumásh, cinco livros de Moisés ou Torá, a Lei de Moisés; é o livro mais sagrado da religião judaica e a fonte de todos os seus principais ensinamentos;
·   A bíblia judaica consiste da Tora, o nome geralmente mais utilizado para os cinco primeiros livros (de Gênesis a Deuteronômio), adicionada das obras proféticas posteriores, de Josué às Crônicas;
·  Os heróis bíblicos e suas vivências servem tanto como ilustrações de princípios éticos importantes quanto como mensagens relevantes até os dias de hoje;
·  As leis encontradas na Bíblia são as fontes dos princípios democráticos e dos conceitos universalmente reconhecidos da bondade e compaixão;
·  Os relatos dos atos de Deus no princípio e no fim da Bíblia circunscrevem a grande mensagem dos valores bíblicos e judaicos.

Capítulo 7. Mais sobre a bíblia

·   A bíblia judaica completa, encerrada no século I EC (EC = era comum) consiste dos cinco livros de Moisés (Torá), dos Profetas (Neviím) e dos Escritos (Chetuvím). Juntos, são denominados Tanach;
·   As palavras de Deus e as mensagens dos profetas ainda têm grande relevância para os dias atuais, especialmente as palavras de Natan, Isaías, Jeremias, Elias e Ezequiel;
·  O livro dos Salmos faz parte tanto da liturgia judaica quanto de boa parte de outras liturgias do mundo;
·   O Cântico dos Cânticos, com sua sensualidade e sugestões eróticas, faz parte da Bíblia como uma poderosa metáfora para o relacionamento entre Deus e o povo judeu;
·   O livro de Jó é a resposta bíblica para a difícil questão: porque as pessoas boas sofrem;
·   A sabedoria de Salomão está manifesta em seus vários Provérbios, que servem como um guia bíblico para as questões da vida cotidiana;

Capítulo 8. As leis e as lendas

·   A Mishná, editada pelo Rabi Iehudá Hanassí, é a Lei Oral judaica, escrita por medo de que o exílio pudesse fazer com que seus ensinamentos fossem esquecidos;
·  As seis principais seções (ou Ordens) da Mishná que cobrem todos os aspectos da vida humana;
·   A Ética dos Pais, uma pequena porção da Mishná, é uma coleção particularmente bela de máximas rabínicas que nos guia para aquilo que o judaísmo considera uma vida boa e digna;
·     O Talmud acrescenta à Mishná a Guemará, composta de trezentos anos de discussões entre os Sábios. Essas discussões iluminam a lei judaica e aplicam seus princípios a situações ocorridas no contexto de suas respectivas épocas;
·    O Misdrásh, uma coleção de lendas, ao mesmo tempo em que educa e diverte, 
     complementa a legislação talmúdica com a teologia rabínica.

Capítulo 9. As  vozes  posteriores  do  judaísmo

·   Os comentaristas bíblicos de cada geração percebem novas verdades nos textos antigos à medida que explicam os versículos a partir de suas próprias perspectivas e cumprem a missão de fundir o intelecto humano ao texto transmitido por Deus;
·  Os estudantes de Cabalá, inspirados no Zobar, acrescentam uma dimensão mística à nossa compreensão de Deus e do mundo;
·    As leis judaicas transformam conceitos éticos em aplicações práticas diárias e são o foco de inúmeras obras que buscam ensinar judeus “como fazer a coisa certa”;
·  As  Responsa adaptam a lei judaica à vida moderna à media que aplicam antigos princípios a situações contemporâneas.

Capítulo 10. O  calendário  judaico

·   Enquanto o calendário padrão faz do nascimento de Jesus o seu ponto de partida, os judeus optam por uma contagem mais universal que se inicia com a criação de Adão e Eva;
·  Os seis  milênios do calendário judaico não incluem os possíveis bilhões de anos de existência da Terra que precedem a criação de seres humanos plenos, formados “à imagem de Deus”;
·   O calendário judaico não é solar, como o cristão, nem lunar, como o muçulmano, mas uma combinação lunar-solar;
·   Praticamente todos os doze meses do ano judaico têm dias especiais de comemoração que relacionam os principais eventos do passado a rituais que garantem a sua recordação;
·  O calendário judaico comemora o nascimento do povo judeu bem como o princípio da espécie humana através de seus dois Anos Novos;
·  O descanso semanal denominado Shabat é um santuário de tempo que permite que a alma se renove a cada semana.

Capítulo 11. Os  grandes  feriados  religiosos

·  O ano judaico começa com os “dez dias de arrependimento”, que se iniciam com Rash Hasband, o dia do Ano Novo, e terminam com o Iom Kipur, o Dia do Perdão;
·  O arrependimento é o foco desses dias, pois são o momento em que Deus julga a espécie humana: Ele “escreve” o decreto em Rash Hasband e o “sela” em Iom Kipur;
·   O toque do Shofár, um chifre de carneiro, serve como uma chamada ao arrependimento e convida os judeus a se lembrar e refletir sobre as diversas idéias associadas a esses dias;
·    O mel simboliza um ano doce, e o Tashlích, o ritual de se jogar migalhas de pão em águas correntes, é uma maneira de “nos afastarmos” do pecado e das transgressões;
·    Arrepender-se de verdade não é apenas admitir os erros do passado, mas comprometer-se a melhorar o comportamento no futuro; com respeito aos pecados contra outras pessoas, isso implica pedir perdão pessoalmente;
·   O Iom Kipur, o Dia do Perdão, enfatiza o aspecto espiritual do ser humano, que, jejua em vez de comer e aproveita “a última chance” para se reconciliar com Deus e com seus semelhantes;
·  Vestir o kítel, a mortalha branca, a última vestimenta, “nos faz” conscientes do quanto devemos aproveitar cada momento da nossa vida neste mundo.

Capítulo 12. É histórico: as  três  Festas  da  Peregrinação

·  Três feriados religiosos: Pêssach, Shavuót e Sucót, abrangem o grupo de feriados históricos conhecidos como Festas de Peregrinação;
·  Pêsach, com seus diversos nomes, proclama Deus como o libertador dos judeus da escravidão e enfatiza, acima de tudo, o ideal de liberdade;
·  O sêder é uma refeição especial de Pêssach cujos símbolos transmitem as mensagens desse feriado religioso – ao “nos fazerem relembrar” o Êxodo e vislumbrar a redenção final;
·    Shavuót comemora a idéia central do judaísmo: a aceitação da Torá;
·  Em Sucót, quando muitos judeus deixam seus lares para morarem em cabanas, é uma recordação do tempo em que os judeus vagaram pelo deserto e foram sustentados milagrosamente por Deus;
·  As quatro espécies de plantas-símbolo de Sucót são recordações simbólicas dos quatro tipos de judeus e da necessidade de se atingir a unidade incluindo a todos;
·  Simchát Torá é o dia em que um ciclo anual de leitura da Torá se completa e um novo ciclo recomeça imediatamente.

Capítulo 13. Comer  e  jejuar

·   Purim, o feriado religioso cujo nome deriva de um sorteio, ensina aos judeus que milagres acontecem. Mesmo que Deus esteja invisível, ele “puxa as cordinhas” por trás dos acontecimentos para fazer com que ocorram “coincidências” segundo a Sua vontade;
·   Purim, cujo tema é a intervenção Divina, é o nome dado a outros momentos de libertação judaica, ao longo da história;
·   Chanucá, que significa consagração, marca a vitória do judaísmo sobre o helenismo e do ideal da beleza da sacralidade sobre a visão grega de sacralidade da beleza;
·  O milagre da Chanucá, do óleo que durou oito dias, ao invés de um, é um símbolo da sobrevivência milagrosa dos judeus e da sua recusa, a exemplo do óleo, em se assimilar;
·  As tragédias devem ser tão lembradas quanto as alegrias. Os vários dias de jejum no calendário lembram os judeus das razões pelas quais deve-se chorar;
·  O judaísmo enfatiza, através do Ano Novo das Árvores, a ecologia e a reverência pela  Natureza;
·   Após dois mil anos, o século 20 trouxe novos feriados que marcam tanto uma tragédia enorme, o Holocausto, quanto uma das maiores bênçãos da história judaica; o retorno à Terra Prometida;

Capítulo 14. Mazal  Tov :  nasceu

·   O judaísmo exige que as pessoas imitem a Deus, o Criador, gerando frutos e multiplicando-se;
·  Uma família tradicional judaica deve consistir, no mínimo, de um filho e uma filha.  Entretanto, quanto maior o número de filhos, maior a mitsvá;
·  O nome dado a uma criança judia tem significado profético e identifica seu caráter, seu potencial e sua alma;
·   A circuncisão, Brit Milá, é um rito religioso realizado no oitavo dia após o nascimento, através do qual os homens judeus, recebem, para toda a vida, “um sinal da aliança” sobre sua carne;
·   Os homens judeus primogênitos devem ser “redimidos” do papel que lhes foi originalmente designado – o de sacerdotes – através de uma doação de cinco moedas de prata para um Cohen;
·   Todo homem alcança automaticamente o Bar Mitsvá quando atinge a idade de 13 anos. A partir daí passa a ter a responsabilidade cumprir a lei judaica, pois entende-se que esteja maduro o suficiente para compreender o seu significado;
· As mulheres amadurecem antes do que os homens. Por isso a sua idade da responsabilidade,o Bat Mitsvá, é aos 12 anos.

Capítulo 15. O casamento

·    Para os judeus, casar-se é mais do que uma escolha pessoal; é um mandamento religioso;
·   A tradição judaica acredita que Deus é o “casamenteiro” de todos os casamentos, e que a noiva e o noivo estão predestinados um ao outro desde antes do seu nascimento;
·   A cerimônia de casamento – suas leis, rituais e costumes – é repleta de simbolismos que enfatizam a sacralidade do momento, a proximidade com Deus e a seriedade da ocasião;
·    A quebra do copo ao final da cerimônia une o futuro do casal à história judaica;
·  O judaísmo oferece muitos conselhos sábios aos noivos para que haja shalom bait – o ideal de paz no lar, necessário para um casamento duradouro;
· O divórcio, embora seja extremamente doloroso e que provoca lágrimas Divinas, é preferível à perpetuação de um lar em clima de ódio;

Capítulo 16. A morte não é orgulhosa

·     Ao invés de temida, a morte iminente deve ser vista como uma oportunidade de “colocar a casa em ordem”;
·     A morte é a separação entre a alma e o corpo: o corpo retorna ao pó e a alma à sua fonte, o que garante a imortalidade;
·     O judaísmo exige respeito com o corpo, que serviu como receptáculo para a alma. Pede-se aos que ficam que cumpram uma série de leis que demonstrem tanto a tristeza pela perda sofrida quanto a consciência de que a existência da alma é permanente;
·    A shivá, o período de luto de sete dias, bem como o Cadish, a oração dos enlutados (que não menciona a morte), são duas das maneiras mais importantes através das quais o judaísmo se esforça para confortar os enlutados e perpetuar a memória dos falecidos;
·   Visitar o túmulo é uma mitsvá. Descobrir a lápide com uma inscrição a respeito do falecido é um costume recomendável;
·   A reencarnação, embora não seja uma crença judaica universal, é aceita por muitas pessoas, especialmente aquelas que seguem as tradições místicas da Cabalá;

Capítulo 17. Bem-vindo à minha humilde morada

·   A maioria dos lares judeus tem uma caixinha no umbral da porta chamada mezuzá, que serve como um lembrete de Deus no lugar de encontro entre os mundos público e privado;
·   A  mezuzá, na verdade, é o pergaminho dentro da caixinha, como uma mini-Torá, onde   está escrita talvez a mais importante das orações judaicas;
·   Todos os lares devem ser inaugurados, assim como o templo foi consagrado na primeira Chanucá, em uma cerimônia especial denominada Chanucát Habáit;
·  Todo lar judaico mantém um canto da casa sem acabamento, em memória do exílio e da tragédia da destruição do templo;
·   Durante as orações, os judeus que vivem no ocidente voltam-se para o leste, em direção a Jerusalém; eles costumavam pendurar, em uma parede do lado leste da casa, um quadro indicativo mizrách;
·  Os judeus são conhecidos como “O Povo do Livro” e praticamente todos os lares jdaicos demonstram a veneração pelos livros por parte de seus ocupantes – tanto pela quantidade quanto pelo lugar nobre que lhes é destinado.

Capítulo 18. A cozinha

· Comida casher não é um alimento abençoado por um rabino ou um alimento extremamente higiênico; trata-se de um prato que é preparado para consumo, de acordo com a lei judaica;
·   A razão para a existência das leis de Cashrut não é médica, mas espiritual. Mais do que saudável, comer casher deve fazer de você uma pessoa mais espiritualizada;
·  Os porcos não são os únicos alimentos não-casher; há uma longa lista de animais, aves, frutos do mar e insetos que são considerados proibidos ou trêif;
·   As leis de Cashrut também se preocupam com o sofrimento dos animais, e a única carne permitida é aquela de animais abatidos através da shechitá, um ritual que leva à morte instantânea e indolor;
·   Ingerir sangue é proibido. Por isso, a carne deve ser salgada e os ovos com o menor traço de sangue, descartados;
·   Carne e leite não devem ser consumidos juntos. Essa lei é um exemplo típico de chóc, um estatuto para o qual não é dada uma explicação racional;
·  O vegetarianismo remonta a Adão e Eva, e permanece sendo uma opção viável para os judeus;
·    Aquilo que é prejudicial à saúde não é casher. Para os judeus, as pessoas não têm o direito de comer comidas que lhe sejam danosas.

Capítulo 19. A sala de jantar

·   As bênçãos recitadas antes de comer servem para despertar nosso encantamento diante do milagre que é o pão nosso de cada dia;
·   O shabat, o dia do descanso semanal, bem como os demais feriados religiosos do ano, tem suas comidas típicas que servem para enfatizar a mensagem espiritual da data através da culinária;
·  Os judeus agradecem após as refeições, pois uma prece não deve ser dita somente por aqueles que estão famintos e passando por necessidades, mas também por aqueles que são recipientes das bênçãos de Deus.

Capítulo 20. O quarto do casal

·   No judaísmo, o sexo não é uma concessão ou uma atividade impura, mas uma mitsvá, um mandamento Divino;
·   O instinto sexual foi criado por Deus para que possamos nos regozijar com o ato de criar, e é considerado como uma necessidade garantida legalmente tanto para homens quanto para mulheres;
·  O judaísmo preocupa-se tanto com a qualidade do sexo quanto com a sua freqüência. Recomenda vários momentos para o ato sexual por semana e encoraja as relações sexuais especialmente no Shabat;
·   A Bíblia se refere ao ato sexual pelo verbo conhecer, para enfatizar que, além de ser um encontro físico, deve ser um encontro de mentes e almas;
·   A lei judaica oferece orientação para a felicidade sexual e satisfação de ambos os cônjuges, pois o sexo é o principal componente de um casamento feliz;
·   O judaísmo proíbe o sexo durante um certo período de cada mês, provavelmente porque “a abstinência torna o coração mais afetuoso”;
·   O micvê, o banho ritual utilizado pela esposa antes de retornar a atividade sexual e por convertidos antes de se tornarem judeus, está associado mais à pureza espiritual do que à higiene.

Capítulo 21. O  quarto  dos  filhos

·     Ser um bom pai judeu (e uma boa mãe judia) exige preparar, educar e inspirar um filho;
·  O judaísmo oferece um conjunto de orientações para a criação dos filhos, incluindo a necessidade de instituir a disciplina e a maneira de aplica-la, e fala dos danos da raiva excessiva, do favoritismo e de dar coisas materiais em demasia;
·   A relação entre pais e filhos deve ser recíproca e impõe obrigações de ambos os lados;
·   Honrar os pais, um dos Dez Mandamentos, dá mais ênfase à ação do que ao sentimento, e à reverência e respeito mais do que ao amor;
·   Pelo ato de honrar os pais, a Bíblia promete como recompensa uma vida longa.

Capítulo 22. Vamos  dar  uma  volta

·  A sinagoga tem três nomes, correspondentes às suas três funções: casa de rezas, casa de estudos e casa de reunião;
·  A Casa judaica de Deus reúne socialmente as pessoas, é uma biblioteca, um local para o estudo comunitário e o lugar ideal para se rezar junto a outras pessoas;
·   A Arca Sagrada que contém a Tora, o lugar mais importante da sinagoga, nos faz recordar a a Arca original no Templo, que continha os Dez Mandamentos;
·   A arquitetura da sinagoga tem poucas exigências além da posição da Arca (que, nos países ocidentais, está voltada para o leste): precisa ter janelas, uma luz eterna, uma bimá, e – nas sinagogas ortodoxas – uma divisória separando os homens das mulheres;
·  Muitas pessoas trabalham em uma sinagoga, cujos líderes são o rabino e um grupo de congregantes laicos.

Capítulo 23. Vamos  rezar

·  Ao invés de buscar modificar a vontade de Deus, a intenção da oração é modificar a nós mesmos ao nos aproximarmos Dele;
·   Os três tipos de oração – de louvor, de pedido e de agradecimento – servem a propósitos diferentes, mas têm em comum o fato de nos sensibilizar para a importância de Deus em nossas vidas;
·  As orações não substituem a ação e a iniciativa humanas, mas podem complementar os esforços, pois, segundo um antigo ditado, é verdade que “Deus ajuda a quem se ajuda”;
·   Os judeus rezam três vezes ao dia, refletindo três estados e motivações diferentes para seu diálogo com Deus;
·   Embora a oração espontânea possa parecer preferível, é necessário fixar horários para os serviços religiosos a fim de assegurarmos que obteremos experiência suficiente para nos capacitarmos a rezar de maneira adequada quando realmente precisamos;
·   O livro de orações têm bênçãos para todas as ocasiões importantes da vida, e as passagens do Sidur representam algumas das mais belas expressões da nossa criatividade espiritual;
·   A chave para rezar é “o serviço do coração”, e o valor da oração está sem dúvida baseado na sinceridade e no fervor.

Capítulo 24. A  moda  na  sinagoga

·  Tsitsit são franjas colocadas nos quatro cantos (ou quatro pontas) das roupas para os judeus se lembrarem de Deus e de seus mandamentos;
·  Hoje em dia, os dois substitutos religiosos para o tsitsit são o talit, o xale de orações vestido na sinagoga, e o talit catan, vestido pelos judeus tradicionais como parte integrante do seu traje diário;
·   O tefilim da mão é colocado no braço mais fraco e as tiras são enroladas em torno do dedo anular para demonstrar um casamento simbólico com Deus;
·  A cobertura para a cabeça, embora não seja uma lei bíblica, é considerada um costume importante pelos judeus ortodoxos, pois simboliza a aceitação de um “poder superior” acima de suas cabeças.

Capítulo 25. Que tipo de judaísmo?

·  O judaísmo ortodoxo, que até o século 18 era a única forma de judaísmo, mantém todos os ensinamentos e tradições do passado como imutáveis e invariáveis, em qualquer época;
·   O judaísmo ortodoxo abriga em suas asas uma gama de diversos pontos de vista – desde a aceitação da cultura moderna à absoluta rejeição do mundo secular;
·   O judaísmo reformista, ao acreditar na autonomia religiosa do indivíduo, tem passado por diversos estágios desde a sua criação; hoje em dia, embora ainda rejeite a origem Divina do Torá, aceita muito mais as práticas rituais e apóia o Estado de Israel;
·  As diferenças de posição quanto à conversão e à descendência patrilinear, entre os ortodoxos e conservadores de um lado, e os reformistas de outro, são as questões que mais ameaçam a unidade judaica no futuro;
·  O judaísmo conservador encontrou seu nicho como uma abordagem judaica de centro, rejeitando ambos os extremos;
·  O judaísmo reconstrucionista prefere ver o judaísmo mais como uma civilização do que como uma religião, e o seu maior impacto foi através da sua influência em transformar as sinagogas em centros comunitários;
·   O judaísmo chassídico revolucionou o judaísmo no século 18 ao dar maior ênfase ao coração do que à mente, e à oração do que o estudo, como formas de servir a Deus;
·  O movimento chassídico, embora tenha sido visto no começo como uma ameaça aqueles que defendiam a primazia do estudo da Torá, hoje em dia tornou-se um parceiro poderoso da ortodoxia tradicional e tem a seu favor um grande sucesso em fazer chegar o judaísmo a muitos que se encontravam afastados da religião;
·  O judaísmo secular, embora rejeite a base religiosa, manifesta de forma explícita a compaixão, os valores e a consciência judaica.

Capítulo 26. O  que  é  mais  importante?

·  O movimento do Mussár identifica a essência do judaísmo com a santidade humana, valorizando características como humildade, verdade, honestidade, compaixão, dignidade e fala apropriada;
·   Os judeus, assim como Abrahão, cujo nome implica a missão de espalhar a palavra de Deus aos outros povos, devem servir como exemplos para o mundo e santificar o nome de Deus através de sua ações;
·   O movimento de Baal Teshuvá que vem ocorrendo atualmente é um fenômeno histórico sem paralelos, e aqueles que se engajam em aproximar as pessoas de Deus estão cumprindo um grande princípio do judaísmo;
·   O sionismo enfatiza a importância da Terra de Israel para o judaísmo;
·  “Todas as mitvót têm o mesmo valor”, dizem os antigos rabinos, e selecionar uma entre outras cria um sistema de moralidade baseado apenas em preferências pessoais;
·   O Talmud escolheu um versículo de Habacuc, “Os justos viverão segundo a sua crença”, como o resumo mais adequado dos princípios encontrados em toda a Lei Judaica.

Capítulo 27. Alguma  dúvida  pessoal?
                                               
·   O judaísmo encoraja as perguntas – e seus ensinamentos éticos e religiosos são aplicáveis a diversas áreas contemporâneas, desde viagens espaciais a transplante de órgãos;
·  O judaísmo é a única entre as religiões a ensinar que “você não precisa ser judeu par alcançar o Paraíso”;
·   Os judeus não acreditam que sejam “o povo escolhido”; eles preferem ser chamados de “o povo que escolheu”, pronto a aceitar as leis de Deus antes de outros povos;
·    O segredo judaico para a felicidade é preencher a vida com um propósito;
·   Ao invés de dizer adeus, os judeus se despedem com a palavra shalom, que significa, além de paz, completo e íntegro – uma bênção pela harmonia e integridade espiritual. 

Capítulo 28. Os  tempos  estão  mudando
   
·   Os judeus e o judaísmo – deixaram a condição de serem não mais do que tolerados para       serem respeitados, admirados e até mesmo imitados;
·   The Gift of the Jews (A dádiva dos Judeus), livro que foi best-seller nos Estados Unidos, fez com que os norte-americanos tomassem consciência do quanto devem a esse povo pequeno, mas extremamente influente;
·   Os Estados Unidosda América tornaram-se a vanguarda da liberdade religiosa e, hoje em      dia, até mesmo a eleição de um presidente judeu não parece algo impossível de acontecer;
·  Em resposta à guinada generalizada em direção à tradição, o judaísmo reformista sofreu mudanças teológicas importantes com a adoção, em 1999, de um novo conjunto de princípios em sua convenção de Pittsburg;
·   O judaísmo conservador está exigindo muito mais comprometimento religioso por parte de suas lideranças laicas, uma ênfase maior ao estudo da Torá por parte de todos os seus membros congregacionais e publicou uma tradução absolutamente nova da Torá, acrescida de comentários, denominda Ets Chaim (Árvore da Vida);
· O judaísmo ortodoxo vê a sua força não no número de seus seguidores, mas no comprometimento total com a Torá e as tradições, e entende que o acerto do estilo de vida que prega está comprovado pelo sucesso do Movimento Baal Teshuvá e pela sobrevivência continuada do judaísmo.

Capítulo 29. Problemas,  problemas  e  mais  problemas

·   O terceiro mandamento não está só preocupado com o uso desnecessário do nome de Deus, mas com o pecado muito pior de se apropriar de Seu nome para racionalizar a prática do mal;
·   Os fanáticos alegam agir “em nome de Deus”, pois acreditam que somente o seu ponto de vista se traduz na versão correta da verdade;
·  Depois do “11 de setembro” a civilização ocidental sentiu-se muito mais ameaçada pelo fundamentalismo religioso, que justifica as explosões homicidas como uma maneira de destruir “todos os infiéis”;
·    O anti-semitismo, travestido de anti-sionismo, ainda é uma poderosa ameaça aos judeus;
·   O anti-semitismo tem muitas origens que dizem muito mais sobre as pessoas que odeiam do que sobre os judeus que são odiados;
·  A Igreja Católica, em um ato dramático de arrependimento, pediu perdão aos judeus por séculos de comportamento transgressor;
·   Ser amado muitas vezes pode ser mais perigoso à sobrevivência judaica do que ser odiado;
·  O anti-semitismo e a assimilação, cada um à sua maneira, representam as maiores ameaças ao judaísmo.

Capítulo 30. A  bola  de  cristal:  então,  como  será  o  futuro?

·  Em geral, os judeus que vivem sem judaísmo estão perdidos para seu povo em três gerações;
·   O segredo da sobrevivência judaica sempre esteve no estudo da Torá;
·  “Frutificai e Multiplicai” é um mandamento que deve ser seriamente considerado pelos judeus, caso contrário o povo judeu não sobreviverá;
·   A preocupação judaica com a reprodução, em oposição à adoção cristã do celibato para os seus melhores e mais brilhantes homens, pode ter alguma ligação com a notável porcentagem de vencedores judeus do Prêmio Nobel;
·  “O desaparecimento do judeu norte-americano” foi previsto há anos, da mesma maneira que o Cadish pelo povo judeu vem sendo recitado por vários judeus ao longo dos séculos;
· Eruditos pessimistas acreditam que os judeus “cumpriram a sua missão” e estão sentenciados à extinção em curto prazo;
·   Apesar de tudo, os judeus sobrevivem, cumprindo a previsão que Deus revelou a Moisés em seu primeiro encontro, quando Ele mostrou-lhe a sarça milagrosa que “ardia no fogo e não se consumia”.

 O texto abaixo foi extraído de um livro de 463 páginas, porém de fácil leitura, publicado, em 2003, pela Editora e Livraria Sefer. O autor do livro é o rabino Benjamim Blech. Em português levou o título: O mais completo guia sobre Judaísmo, a partir da tradução feita por Uri Lam. O título original em inglês é: “The complete idiot’s guide to understanding judaism” ou “O guia para o mais completo idiota entender o judaísmo”.
Ao final de cada capítulo o autor resume diversas crenças e/ou tradições do judaísmo, sob o título: O mínimo que você precisa saber. Estamos apenas reproduzindo tais resumos. O que se percebe é que a doutrina cristã tem vários pontos de pensamento comuns com o judaísmo, mas também pontos extremamente conflitantes. Resolvemos grifar alguns trechos para reflexão, mas não estamos fazendo comentários a respeito, apenas deixando para os mais experimentados conhecedores da doutrina cristã eventualmente fazê-lo.

Capítulo 1. O mundo segundo Deus

·    O judaísmo começa com Abrahão, que reconheceu um Deus como o criador do Universo;
·  A teoria do BIG-BANG, aceita pela  maioria dos cientistas da atualidade, está em   consonância com o ensinamento judaico de que o universo passou a existir do nada e de uma hora para outra;
·   O Judaísmo insiste que Deus, o Criador, é somente Um – uma crença no monoteísmo que rejeita; os muitos deuses das religiões pagãs, os dois deuses do dualismo (o Deus bom e o Deus mau) e os três componentes da trindade cristã;
·   O  Judaísmo acredita que Deus, o Criador, é também um Deus Misericordioso – um Deus que mantém uma relação pessoal com todas as criaturas;
·   O Judaísmo acredita que Deus é bom por definição; segundo o monoteísmo ético, o Criador Todo-Poderoso opta por se guiar voluntariamente somente pelos princípios da verdade, da bondade e da justiça;
·  Os dois nomes hebraicos para Deus, traduzidos para a língua portuguesa, como Eterno e Deus se referem a duas qualidades combinadas harmonicamente: o atributo mais feminino da bondade e o mais masculino, da justiça estrita;
·  Uma prova absoluta da existência de Deus não é possível nem desejável, porque isso poderia eliminar a crença; o judaísmo aceita a certeza da existência de Deus como a mais lógica entre as alternativas possíveis.

Capítulo 2. O homem e a mulher

·  No princípio, Deus criou um único homem, de modo que toda a humanidade pudesse compartilhar de um ancestral comum e reconhecesse o valor singular de cada indivíduo;
·   O ser humano foi criado por Deus a partir de uma mistura de fontes Divinas e terrenas, de modo que o homem e a mulher devem honrar e ter um cuidado especial tanto com o corpo quanto com a alma;
·   O homem  “à imagem de Deus” diz respeito à sua singularidade como portador de alma e mente;
·  O homem e a mulher são diferentes entre si e exige-se de ambos, com suas naturezas complementares, uma expressão integral de humanidade;
·   A humanidade tem o livre-arbítrio garantido e, por esta razão, as pessoas são responsáveis por suas ações;
· Os seres humanos vêm a este mundo com uma alma pura, livre de culpas ou responsabilidades pelo pecado original;
·  Deus deixou o mundo incompleto e imperfeito para que nós possamos ter a oportunidade de completar o ato Divino da Criação.

Capítulo 3. Amigos

·  A lei judaica, tal como resumida nas duas tábuas que contém os Dez Mandamentos, preocupa-se com nossas obrigações tanto com Deus quanto com nossos semelhantes, homens e mulheres;
·   O  judaísmo dá um lugar de destaque e considera mais importante a ajuda às pessoas do que o louvor a Deus, pois Ele nunca está necessitado, mas as pessoas sim;
·  A destruição do Segundo Templo foi muito mais grave do que a do Primeiro Templo, porque o pecado que a causou foi, mais do que a idolatria, o ódio entre as pessoas;
·   Ajudar as pessoas monetariamente é tsedacá, um ato necessário e de justiça, que é mais do que caridade, um simples ato voluntário de bondade;
·   Ainda mais elevado do que o tsedacá é o conceito de guemilát chéssed, atos beneficentes que vão além das doações materiais;
·   Mais do que o povo escolhido, os judeus são o povo que escolheu, cuja singularidade foi a boa vontade de ser o primeiro a aceitar as leis de Deus;
·    A visão messiânica coloca sobre os judeus a responsabilidade e a missão de aperfeiçoar o mundo e servir como uma luz entre as nações;

Capítulo 4. A lei e a ordem

·   De acordo com o judaísmo, os seres humanos enfrentam um “exame final” após a morte, o que exige a prestação de contas em quatro grandes áreas;
·   O judaísmo difere do cristianismo ao enfatizar um Deus da lei acima de um Deus do amor, bem como a ação acima da crença;
·  O  judaísmo difere do humanismo secular por acreditar que Deus seja necessário como   fonte máxima do comportamento ético e moral;
·   Os judeus aceitam os chukim, leis que não fazem sentido, não como irracionais, mas como leis supra-racionais, as quais se exige que sejam aceitas mais por crença do que por compreensão;
·  Deus nos dá ordens em favor Dele, mas para nosso próprio benefício, através de um conjunto de mandamentos cujo objetivo maior é a moderação e o “meio-termo de ouro” ??

Capítulo 5. Este é um mundo maravilhoso

·   Pelo fato de Deus ter olhado e visto que “o mundo é bom”, o homem tem a obrigação de reverenciar a vida e aproveitá-la;
·  O judaísmo considera o celibato, a pobreza e o isolamento como pecados que afastam as pessoas do mundo e do seu pleno aproveitamento;
·   O judaísmo é uma religião da vida, não da morte; a preservação da vida tem precedência sobre todas as outras leis judaicas;
·    O suicídio é um pecado grave, considerado como um assassinato;
·   Embora a vida após a morte ofereça uma enorme alegria, ela interrompe a oportunidade do indivíduo crescer e realizar mais boas ações.

Capítulo 6. O maior best seller de todos os tempos

·   O Pentateuco, Chumásh, cinco livros de Moisés ou Torá, a Lei de Moisés; é o livro mais sagrado da religião judaica e a fonte de todos os seus principais ensinamentos;
·   A bíblia judaica consiste da Tora, o nome geralmente mais utilizado para os cinco primeiros livros (de Gênesis a Deuteronômio), adicionada das obras proféticas posteriores, de Josué às Crônicas;
·  Os heróis bíblicos e suas vivências servem tanto como ilustrações de princípios éticos importantes quanto como mensagens relevantes até os dias de hoje;
·  As leis encontradas na Bíblia são as fontes dos princípios democráticos e dos conceitos universalmente reconhecidos da bondade e compaixão;
·  Os relatos dos atos de Deus no princípio e no fim da Bíblia circunscrevem a grande mensagem dos valores bíblicos e judaicos.

Capítulo 7. Mais sobre a bíblia

·   A bíblia judaica completa, encerrada no século I EC (EC = era comum) consiste dos cinco livros de Moisés (Torá), dos Profetas (Neviím) e dos Escritos (Chetuvím). Juntos, são denominados Tanach;
·   As palavras de Deus e as mensagens dos profetas ainda têm grande relevância para os dias atuais, especialmente as palavras de Natan, Isaías, Jeremias, Elias e Ezequiel;
·  O livro dos Salmos faz parte tanto da liturgia judaica quanto de boa parte de outras liturgias do mundo;
·   O Cântico dos Cânticos, com sua sensualidade e sugestões eróticas, faz parte da Bíblia como uma poderosa metáfora para o relacionamento entre Deus e o povo judeu;
·   O livro de Jó é a resposta bíblica para a difícil questão: porque as pessoas boas sofrem;
·   A sabedoria de Salomão está manifesta em seus vários Provérbios, que servem como um guia bíblico para as questões da vida cotidiana;

Capítulo 8. As leis e as lendas

·   A Mishná, editada pelo Rabi Iehudá Hanassí, é a Lei Oral judaica, escrita por medo de que o exílio pudesse fazer com que seus ensinamentos fossem esquecidos;
·  As seis principais seções (ou Ordens) da Mishná que cobrem todos os aspectos da vida humana;
·   A Ética dos Pais, uma pequena porção da Mishná, é uma coleção particularmente bela de máximas rabínicas que nos guia para aquilo que o judaísmo considera uma vida boa e digna;
·     O Talmud acrescenta à Mishná a Guemará, composta de trezentos anos de discussões entre os Sábios. Essas discussões iluminam a lei judaica e aplicam seus princípios a situações ocorridas no contexto de suas respectivas épocas;
·    O Misdrásh, uma coleção de lendas, ao mesmo tempo em que educa e diverte, 
     complementa a legislação talmúdica com a teologia rabínica.

Capítulo 9. As  vozes  posteriores  do  judaísmo

·   Os comentaristas bíblicos de cada geração percebem novas verdades nos textos antigos à medida que explicam os versículos a partir de suas próprias perspectivas e cumprem a missão de fundir o intelecto humano ao texto transmitido por Deus;
·  Os estudantes de Cabalá, inspirados no Zobar, acrescentam uma dimensão mística à nossa compreensão de Deus e do mundo;
·    As leis judaicas transformam conceitos éticos em aplicações práticas diárias e são o foco de inúmeras obras que buscam ensinar judeus “como fazer a coisa certa”;
·  As  Responsa adaptam a lei judaica à vida moderna à media que aplicam antigos princípios a situações contemporâneas.

Capítulo 10. O  calendário  judaico

·   Enquanto o calendário padrão faz do nascimento de Jesus o seu ponto de partida, os judeus optam por uma contagem mais universal que se inicia com a criação de Adão e Eva;
·  Os seis  milênios do calendário judaico não incluem os possíveis bilhões de anos de existência da Terra que precedem a criação de seres humanos plenos, formados “à imagem de Deus”;
·   O calendário judaico não é solar, como o cristão, nem lunar, como o muçulmano, mas uma combinação lunar-solar;
·   Praticamente todos os doze meses do ano judaico têm dias especiais de comemoração que relacionam os principais eventos do passado a rituais que garantem a sua recordação;
·  O calendário judaico comemora o nascimento do povo judeu bem como o princípio da espécie humana através de seus dois Anos Novos;
·  O descanso semanal denominado Shabat é um santuário de tempo que permite que a alma se renove a cada semana.

Capítulo 11. Os  grandes  feriados  religiosos

·  O ano judaico começa com os “dez dias de arrependimento”, que se iniciam com Rash Hasband, o dia do Ano Novo, e terminam com o Iom Kipur, o Dia do Perdão;
·  O arrependimento é o foco desses dias, pois são o momento em que Deus julga a espécie humana: Ele “escreve” o decreto em Rash Hasband e o “sela” em Iom Kipur;
·   O toque do Shofár, um chifre de carneiro, serve como uma chamada ao arrependimento e convida os judeus a se lembrar e refletir sobre as diversas idéias associadas a esses dias;
·    O mel simboliza um ano doce, e o Tashlích, o ritual de se jogar migalhas de pão em águas correntes, é uma maneira de “nos afastarmos” do pecado e das transgressões;
·    Arrepender-se de verdade não é apenas admitir os erros do passado, mas comprometer-se a melhorar o comportamento no futuro; com respeito aos pecados contra outras pessoas, isso implica pedir perdão pessoalmente;
·   O Iom Kipur, o Dia do Perdão, enfatiza o aspecto espiritual do ser humano, que, jejua em vez de comer e aproveita “a última chance” para se reconciliar com Deus e com seus semelhantes;
·  Vestir o kítel, a mortalha branca, a última vestimenta, “nos faz” conscientes do quanto devemos aproveitar cada momento da nossa vida neste mundo.

Capítulo 12. É histórico: as  três  Festas  da  Peregrinação

·  Três feriados religiosos: Pêssach, Shavuót e Sucót, abrangem o grupo de feriados históricos conhecidos como Festas de Peregrinação;
·  Pêsach, com seus diversos nomes, proclama Deus como o libertador dos judeus da escravidão e enfatiza, acima de tudo, o ideal de liberdade;
·  O sêder é uma refeição especial de Pêssach cujos símbolos transmitem as mensagens desse feriado religioso – ao “nos fazerem relembrar” o Êxodo e vislumbrar a redenção final;
·    Shavuót comemora a idéia central do judaísmo: a aceitação da Torá;
·  Em Sucót, quando muitos judeus deixam seus lares para morarem em cabanas, é uma recordação do tempo em que os judeus vagaram pelo deserto e foram sustentados milagrosamente por Deus;
·  As quatro espécies de plantas-símbolo de Sucót são recordações simbólicas dos quatro tipos de judeus e da necessidade de se atingir a unidade incluindo a todos;
·  Simchát Torá é o dia em que um ciclo anual de leitura da Torá se completa e um novo ciclo recomeça imediatamente.

Capítulo 13. Comer  e  jejuar

·   Purim, o feriado religioso cujo nome deriva de um sorteio, ensina aos judeus que milagres acontecem. Mesmo que Deus esteja invisível, ele “puxa as cordinhas” por trás dos acontecimentos para fazer com que ocorram “coincidências” segundo a Sua vontade;
·   Purim, cujo tema é a intervenção Divina, é o nome dado a outros momentos de libertação judaica, ao longo da história;
·   Chanucá, que significa consagração, marca a vitória do judaísmo sobre o helenismo e do ideal da beleza da sacralidade sobre a visão grega de sacralidade da beleza;
·  O milagre da Chanucá, do óleo que durou oito dias, ao invés de um, é um símbolo da sobrevivência milagrosa dos judeus e da sua recusa, a exemplo do óleo, em se assimilar;
·  As tragédias devem ser tão lembradas quanto as alegrias. Os vários dias de jejum no calendário lembram os judeus das razões pelas quais deve-se chorar;
·  O judaísmo enfatiza, através do Ano Novo das Árvores, a ecologia e a reverência pela  Natureza;
·   Após dois mil anos, o século 20 trouxe novos feriados que marcam tanto uma tragédia enorme, o Holocausto, quanto uma das maiores bênçãos da história judaica; o retorno à Terra Prometida;

Capítulo 14. Mazal  Tov :  nasceu

·   O judaísmo exige que as pessoas imitem a Deus, o Criador, gerando frutos e multiplicando-se;
·  Uma família tradicional judaica deve consistir, no mínimo, de um filho e uma filha.  Entretanto, quanto maior o número de filhos, maior a mitsvá;
·  O nome dado a uma criança judia tem significado profético e identifica seu caráter, seu potencial e sua alma;
·   A circuncisão, Brit Milá, é um rito religioso realizado no oitavo dia após o nascimento, através do qual os homens judeus, recebem, para toda a vida, “um sinal da aliança” sobre sua carne;
·   Os homens judeus primogênitos devem ser “redimidos” do papel que lhes foi originalmente designado – o de sacerdotes – através de uma doação de cinco moedas de prata para um Cohen;
·   Todo homem alcança automaticamente o Bar Mitsvá quando atinge a idade de 13 anos. A partir daí passa a ter a responsabilidade cumprir a lei judaica, pois entende-se que esteja maduro o suficiente para compreender o seu significado;
· As mulheres amadurecem antes do que os homens. Por isso a sua idade da responsabilidade,o Bat Mitsvá, é aos 12 anos.

Capítulo 15. O casamento

·    Para os judeus, casar-se é mais do que uma escolha pessoal; é um mandamento religioso;
·   A tradição judaica acredita que Deus é o “casamenteiro” de todos os casamentos, e que a noiva e o noivo estão predestinados um ao outro desde antes do seu nascimento;
·   A cerimônia de casamento – suas leis, rituais e costumes – é repleta de simbolismos que enfatizam a sacralidade do momento, a proximidade com Deus e a seriedade da ocasião;
·    A quebra do copo ao final da cerimônia une o futuro do casal à história judaica;
·  O judaísmo oferece muitos conselhos sábios aos noivos para que haja shalom bait – o ideal de paz no lar, necessário para um casamento duradouro;
· O divórcio, embora seja extremamente doloroso e que provoca lágrimas Divinas, é preferível à perpetuação de um lar em clima de ódio;

Capítulo 16. A morte não é orgulhosa

·     Ao invés de temida, a morte iminente deve ser vista como uma oportunidade de “colocar a casa em ordem”;
·     A morte é a separação entre a alma e o corpo: o corpo retorna ao pó e a alma à sua fonte, o que garante a imortalidade;
·     O judaísmo exige respeito com o corpo, que serviu como receptáculo para a alma. Pede-se aos que ficam que cumpram uma série de leis que demonstrem tanto a tristeza pela perda sofrida quanto a consciência de que a existência da alma é permanente;
·    A shivá, o período de luto de sete dias, bem como o Cadish, a oração dos enlutados (que não menciona a morte), são duas das maneiras mais importantes através das quais o judaísmo se esforça para confortar os enlutados e perpetuar a memória dos falecidos;
·   Visitar o túmulo é uma mitsvá. Descobrir a lápide com uma inscrição a respeito do falecido é um costume recomendável;
·   A reencarnação, embora não seja uma crença judaica universal, é aceita por muitas pessoas, especialmente aquelas que seguem as tradições místicas da Cabalá;

Capítulo 17. Bem-vindo à minha humilde morada

·   A maioria dos lares judeus tem uma caixinha no umbral da porta chamada mezuzá, que serve como um lembrete de Deus no lugar de encontro entre os mundos público e privado;
·   A  mezuzá, na verdade, é o pergaminho dentro da caixinha, como uma mini-Torá, onde   está escrita talvez a mais importante das orações judaicas;
·   Todos os lares devem ser inaugurados, assim como o templo foi consagrado na primeira Chanucá, em uma cerimônia especial denominada Chanucát Habáit;
·  Todo lar judaico mantém um canto da casa sem acabamento, em memória do exílio e da tragédia da destruição do templo;
·   Durante as orações, os judeus que vivem no ocidente voltam-se para o leste, em direção a Jerusalém; eles costumavam pendurar, em uma parede do lado leste da casa, um quadro indicativo mizrách;
·  Os judeus são conhecidos como “O Povo do Livro” e praticamente todos os lares jdaicos demonstram a veneração pelos livros por parte de seus ocupantes – tanto pela quantidade quanto pelo lugar nobre que lhes é destinado.

Capítulo 18. A cozinha

· Comida casher não é um alimento abençoado por um rabino ou um alimento extremamente higiênico; trata-se de um prato que é preparado para consumo, de acordo com a lei judaica;
·   A razão para a existência das leis de Cashrut não é médica, mas espiritual. Mais do que saudável, comer casher deve fazer de você uma pessoa mais espiritualizada;
·  Os porcos não são os únicos alimentos não-casher; há uma longa lista de animais, aves, frutos do mar e insetos que são considerados proibidos ou trêif;
·   As leis de Cashrut também se preocupam com o sofrimento dos animais, e a única carne permitida é aquela de animais abatidos através da shechitá, um ritual que leva à morte instantânea e indolor;
·   Ingerir sangue é proibido. Por isso, a carne deve ser salgada e os ovos com o menor traço de sangue, descartados;
·   Carne e leite não devem ser consumidos juntos. Essa lei é um exemplo típico de chóc, um estatuto para o qual não é dada uma explicação racional;
·  O vegetarianismo remonta a Adão e Eva, e permanece sendo uma opção viável para os judeus;
·    Aquilo que é prejudicial à saúde não é casher. Para os judeus, as pessoas não têm o direito de comer comidas que lhe sejam danosas.

Capítulo 19. A sala de jantar

·   As bênçãos recitadas antes de comer servem para despertar nosso encantamento diante do milagre que é o pão nosso de cada dia;
·   O shabat, o dia do descanso semanal, bem como os demais feriados religiosos do ano, tem suas comidas típicas que servem para enfatizar a mensagem espiritual da data através da culinária;
·  Os judeus agradecem após as refeições, pois uma prece não deve ser dita somente por aqueles que estão famintos e passando por necessidades, mas também por aqueles que são recipientes das bênçãos de Deus.

Capítulo 20. O quarto do casal

·   No judaísmo, o sexo não é uma concessão ou uma atividade impura, mas uma mitsvá, um mandamento Divino;
·   O instinto sexual foi criado por Deus para que possamos nos regozijar com o ato de criar, e é considerado como uma necessidade garantida legalmente tanto para homens quanto para mulheres;
·  O judaísmo preocupa-se tanto com a qualidade do sexo quanto com a sua freqüência. Recomenda vários momentos para o ato sexual por semana e encoraja as relações sexuais especialmente no Shabat;
·   A Bíblia se refere ao ato sexual pelo verbo conhecer, para enfatizar que, além de ser um encontro físico, deve ser um encontro de mentes e almas;
·   A lei judaica oferece orientação para a felicidade sexual e satisfação de ambos os cônjuges, pois o sexo é o principal componente de um casamento feliz;
·   O judaísmo proíbe o sexo durante um certo período de cada mês, provavelmente porque “a abstinência torna o coração mais afetuoso”;
·   O micvê, o banho ritual utilizado pela esposa antes de retornar a atividade sexual e por convertidos antes de se tornarem judeus, está associado mais à pureza espiritual do que à higiene.

Capítulo 21. O  quarto  dos  filhos

·     Ser um bom pai judeu (e uma boa mãe judia) exige preparar, educar e inspirar um filho;
·  O judaísmo oferece um conjunto de orientações para a criação dos filhos, incluindo a necessidade de instituir a disciplina e a maneira de aplica-la, e fala dos danos da raiva excessiva, do favoritismo e de dar coisas materiais em demasia;
·   A relação entre pais e filhos deve ser recíproca e impõe obrigações de ambos os lados;
·   Honrar os pais, um dos Dez Mandamentos, dá mais ênfase à ação do que ao sentimento, e à reverência e respeito mais do que ao amor;
·   Pelo ato de honrar os pais, a Bíblia promete como recompensa uma vida longa.

Capítulo 22. Vamos  dar  uma  volta

·  A sinagoga tem três nomes, correspondentes às suas três funções: casa de rezas, casa de estudos e casa de reunião;
·  A Casa judaica de Deus reúne socialmente as pessoas, é uma biblioteca, um local para o estudo comunitário e o lugar ideal para se rezar junto a outras pessoas;
·   A Arca Sagrada que contém a Tora, o lugar mais importante da sinagoga, nos faz recordar a a Arca original no Templo, que continha os Dez Mandamentos;
·   A arquitetura da sinagoga tem poucas exigências além da posição da Arca (que, nos países ocidentais, está voltada para o leste): precisa ter janelas, uma luz eterna, uma bimá, e – nas sinagogas ortodoxas – uma divisória separando os homens das mulheres;
·  Muitas pessoas trabalham em uma sinagoga, cujos líderes são o rabino e um grupo de congregantes laicos.

Capítulo 23. Vamos  rezar

·  Ao invés de buscar modificar a vontade de Deus, a intenção da oração é modificar a nós mesmos ao nos aproximarmos Dele;
·   Os três tipos de oração – de louvor, de pedido e de agradecimento – servem a propósitos diferentes, mas têm em comum o fato de nos sensibilizar para a importância de Deus em nossas vidas;
·  As orações não substituem a ação e a iniciativa humanas, mas podem complementar os esforços, pois, segundo um antigo ditado, é verdade que “Deus ajuda a quem se ajuda”;
·   Os judeus rezam três vezes ao dia, refletindo três estados e motivações diferentes para seu diálogo com Deus;
·   Embora a oração espontânea possa parecer preferível, é necessário fixar horários para os serviços religiosos a fim de assegurarmos que obteremos experiência suficiente para nos capacitarmos a rezar de maneira adequada quando realmente precisamos;
·   O livro de orações têm bênçãos para todas as ocasiões importantes da vida, e as passagens do Sidur representam algumas das mais belas expressões da nossa criatividade espiritual;
·   A chave para rezar é “o serviço do coração”, e o valor da oração está sem dúvida baseado na sinceridade e no fervor.

Capítulo 24. A  moda  na  sinagoga

·  Tsitsit são franjas colocadas nos quatro cantos (ou quatro pontas) das roupas para os judeus se lembrarem de Deus e de seus mandamentos;
·  Hoje em dia, os dois substitutos religiosos para o tsitsit são o talit, o xale de orações vestido na sinagoga, e o talit catan, vestido pelos judeus tradicionais como parte integrante do seu traje diário;
·   O tefilim da mão é colocado no braço mais fraco e as tiras são enroladas em torno do dedo anular para demonstrar um casamento simbólico com Deus;
·  A cobertura para a cabeça, embora não seja uma lei bíblica, é considerada um costume importante pelos judeus ortodoxos, pois simboliza a aceitação de um “poder superior” acima de suas cabeças.

Capítulo 25. Que tipo de judaísmo?

·  O judaísmo ortodoxo, que até o século 18 era a única forma de judaísmo, mantém todos os ensinamentos e tradições do passado como imutáveis e invariáveis, em qualquer época;
·   O judaísmo ortodoxo abriga em suas asas uma gama de diversos pontos de vista – desde a aceitação da cultura moderna à absoluta rejeição do mundo secular;
·   O judaísmo reformista, ao acreditar na autonomia religiosa do indivíduo, tem passado por diversos estágios desde a sua criação; hoje em dia, embora ainda rejeite a origem Divina do Torá, aceita muito mais as práticas rituais e apóia o Estado de Israel;
·  As diferenças de posição quanto à conversão e à descendência patrilinear, entre os ortodoxos e conservadores de um lado, e os reformistas de outro, são as questões que mais ameaçam a unidade judaica no futuro;
·  O judaísmo conservador encontrou seu nicho como uma abordagem judaica de centro, rejeitando ambos os extremos;
·  O judaísmo reconstrucionista prefere ver o judaísmo mais como uma civilização do que como uma religião, e o seu maior impacto foi através da sua influência em transformar as sinagogas em centros comunitários;
·   O judaísmo chassídico revolucionou o judaísmo no século 18 ao dar maior ênfase ao coração do que à mente, e à oração do que o estudo, como formas de servir a Deus;
·  O movimento chassídico, embora tenha sido visto no começo como uma ameaça aqueles que defendiam a primazia do estudo da Torá, hoje em dia tornou-se um parceiro poderoso da ortodoxia tradicional e tem a seu favor um grande sucesso em fazer chegar o judaísmo a muitos que se encontravam afastados da religião;
·  O judaísmo secular, embora rejeite a base religiosa, manifesta de forma explícita a compaixão, os valores e a consciência judaica.

Capítulo 26. O  que  é  mais  importante?

·  O movimento do Mussár identifica a essência do judaísmo com a santidade humana, valorizando características como humildade, verdade, honestidade, compaixão, dignidade e fala apropriada;
·   Os judeus, assim como Abrahão, cujo nome implica a missão de espalhar a palavra de Deus aos outros povos, devem servir como exemplos para o mundo e santificar o nome de Deus através de sua ações;
·   O movimento de Baal Teshuvá que vem ocorrendo atualmente é um fenômeno histórico sem paralelos, e aqueles que se engajam em aproximar as pessoas de Deus estão cumprindo um grande princípio do judaísmo;
·   O sionismo enfatiza a importância da Terra de Israel para o judaísmo;
·  “Todas as mitvót têm o mesmo valor”, dizem os antigos rabinos, e selecionar uma entre outras cria um sistema de moralidade baseado apenas em preferências pessoais;
·   O Talmud escolheu um versículo de Habacuc, “Os justos viverão segundo a sua crença”, como o resumo mais adequado dos princípios encontrados em toda a Lei Judaica.

Capítulo 27. Alguma  dúvida  pessoal?
                                               
·   O judaísmo encoraja as perguntas – e seus ensinamentos éticos e religiosos são aplicáveis a diversas áreas contemporâneas, desde viagens espaciais a transplante de órgãos;
·  O judaísmo é a única entre as religiões a ensinar que “você não precisa ser judeu par alcançar o Paraíso”;
·   Os judeus não acreditam que sejam “o povo escolhido”; eles preferem ser chamados de “o povo que escolheu”, pronto a aceitar as leis de Deus antes de outros povos;
·    O segredo judaico para a felicidade é preencher a vida com um propósito;
·   Ao invés de dizer adeus, os judeus se despedem com a palavra shalom, que significa, além de paz, completo e íntegro – uma bênção pela harmonia e integridade espiritual. 

Capítulo 28. Os  tempos  estão  mudando
   
·   Os judeus e o judaísmo – deixaram a condição de serem não mais do que tolerados para       serem respeitados, admirados e até mesmo imitados;
·   The Gift of the Jews (A dádiva dos Judeus), livro que foi best-seller nos Estados Unidos, fez com que os norte-americanos tomassem consciência do quanto devem a esse povo pequeno, mas extremamente influente;
·   Os Estados Unidosda América tornaram-se a vanguarda da liberdade religiosa e, hoje em      dia, até mesmo a eleição de um presidente judeu não parece algo impossível de acontecer;
·  Em resposta à guinada generalizada em direção à tradição, o judaísmo reformista sofreu mudanças teológicas importantes com a adoção, em 1999, de um novo conjunto de princípios em sua convenção de Pittsburg;
·   O judaísmo conservador está exigindo muito mais comprometimento religioso por parte de suas lideranças laicas, uma ênfase maior ao estudo da Torá por parte de todos os seus membros congregacionais e publicou uma tradução absolutamente nova da Torá, acrescida de comentários, denominda Ets Chaim (Árvore da Vida);
· O judaísmo ortodoxo vê a sua força não no número de seus seguidores, mas no comprometimento total com a Torá e as tradições, e entende que o acerto do estilo de vida que prega está comprovado pelo sucesso do Movimento Baal Teshuvá e pela sobrevivência continuada do judaísmo.

Capítulo 29. Problemas,  problemas  e  mais  problemas

·   O terceiro mandamento não está só preocupado com o uso desnecessário do nome de Deus, mas com o pecado muito pior de se apropriar de Seu nome para racionalizar a prática do mal;
·   Os fanáticos alegam agir “em nome de Deus”, pois acreditam que somente o seu ponto de vista se traduz na versão correta da verdade;
·  Depois do “11 de setembro” a civilização ocidental sentiu-se muito mais ameaçada pelo fundamentalismo religioso, que justifica as explosões homicidas como uma maneira de destruir “todos os infiéis”;
·    O anti-semitismo, travestido de anti-sionismo, ainda é uma poderosa ameaça aos judeus;
·   O anti-semitismo tem muitas origens que dizem muito mais sobre as pessoas que odeiam do que sobre os judeus que são odiados;
·  A Igreja Católica, em um ato dramático de arrependimento, pediu perdão aos judeus por séculos de comportamento transgressor;
·   Ser amado muitas vezes pode ser mais perigoso à sobrevivência judaica do que ser odiado;
·  O anti-semitismo e a assimilação, cada um à sua maneira, representam as maiores ameaças ao judaísmo.

Capítulo 30. A  bola  de  cristal:  então,  como  será  o  futuro?

·  Em geral, os judeus que vivem sem judaísmo estão perdidos para seu povo em três gerações;
·   O segredo da sobrevivência judaica sempre esteve no estudo da Torá;
·  “Frutificai e Multiplicai” é um mandamento que deve ser seriamente considerado pelos judeus, caso contrário o povo judeu não sobreviverá;
·   A preocupação judaica com a reprodução, em oposição à adoção cristã do celibato para os seus melhores e mais brilhantes homens, pode ter alguma ligação com a notável porcentagem de vencedores judeus do Prêmio Nobel;
·  “O desaparecimento do judeu norte-americano” foi previsto há anos, da mesma maneira que o Cadish pelo povo judeu vem sendo recitado por vários judeus ao longo dos séculos;
· Eruditos pessimistas acreditam que os judeus “cumpriram a sua missão” e estão sentenciados à extinção em curto prazo;
·   Apesar de tudo, os judeus sobrevivem, cumprindo a previsão que Deus revelou a Moisés em seu primeiro encontro, quando Ele mostrou-lhe a sarça milagrosa que “ardia no fogo e nO texto abaixo foi extraído de um livro de 463 páginas, porém de fácil leitura, publicado, em 2003, pela Editora e Livraria Sefer. O autor do livro é o rabino Benjamim Blech. Em português levou o título: O mais completo guia sobre Judaísmo, a partir da tradução feita por Uri Lam. O título original em inglês é: “The complete idiot’s guide to understanding judaism” ou “O guia para o mais completo idiota entender o judaísmo”.
Ao final de cada capítulo o autor resume diversas crenças e/ou tradições do judaísmo, sob o título: O mínimo que você precisa saber. Estamos apenas reproduzindo tais resumos. O que se percebe é que a doutrina cristã tem vários pontos de pensamento comuns com o judaísmo, mas também pontos extremamente conflitantes. Resolvemos grifar alguns trechos para reflexão, mas não estamos fazendo comentários a respeito, apenas deixando para os mais experimentados conhecedores da doutrina cristã eventualmente fazê-lo.

Capítulo 1. O mundo segundo Deus

·    O judaísmo começa com Abrahão, que reconheceu um Deus como o criador do Universo;
·  A teoria do BIG-BANG, aceita pela  maioria dos cientistas da atualidade, está em   consonância com o ensinamento judaico de que o universo passou a existir do nada e de uma hora para outra;
·   O Judaísmo insiste que Deus, o Criador, é somente Um – uma crença no monoteísmo que rejeita; os muitos deuses das religiões pagãs, os dois deuses do dualismo (o Deus bom e o Deus mau) e os três componentes da trindade cristã;
·   O  Judaísmo acredita que Deus, o Criador, é também um Deus Misericordioso – um Deus que mantém uma relação pessoal com todas as criaturas;
·   O Judaísmo acredita que Deus é bom por definição; segundo o monoteísmo ético, o Criador Todo-Poderoso opta por se guiar voluntariamente somente pelos princípios da verdade, da bondade e da justiça;
·  Os dois nomes hebraicos para Deus, traduzidos para a língua portuguesa, como Eterno e Deus se referem a duas qualidades combinadas harmonicamente: o atributo mais feminino da bondade e o mais masculino, da justiça estrita;
·  Uma prova absoluta da existência de Deus não é possível nem desejável, porque isso poderia eliminar a crença; o judaísmo aceita a certeza da existência de Deus como a mais lógica entre as alternativas possíveis.

Capítulo 2. O homem e a mulher

·  No princípio, Deus criou um único homem, de modo que toda a humanidade pudesse compartilhar de um ancestral comum e reconhecesse o valor singular de cada indivíduo;
·   O ser humano foi criado por Deus a partir de uma mistura de fontes Divinas e terrenas, de modo que o homem e a mulher devem honrar e ter um cuidado especial tanto com o corpo quanto com a alma;
·   O homem  “à imagem de Deus” diz respeito à sua singularidade como portador de alma e mente;
·  O homem e a mulher são diferentes entre si e exige-se de ambos, com suas naturezas complementares, uma expressão integral de humanidade;
·   A humanidade tem o livre-arbítrio garantido e, por esta razão, as pessoas são responsáveis por suas ações;
· Os seres humanos vêm a este mundo com uma alma pura, livre de culpas ou responsabilidades pelo pecado original;
·  Deus deixou o mundo incompleto e imperfeito para que nós possamos ter a oportunidade de completar o ato Divino da Criação.

Capítulo 3. Amigos

·  A lei judaica, tal como resumida nas duas tábuas que contém os Dez Mandamentos, preocupa-se com nossas obrigações tanto com Deus quanto com nossos semelhantes, homens e mulheres;
·   O  judaísmo dá um lugar de destaque e considera mais importante a ajuda às pessoas do que o louvor a Deus, pois Ele nunca está necessitado, mas as pessoas sim;
·  A destruição do Segundo Templo foi muito mais grave do que a do Primeiro Templo, porque o pecado que a causou foi, mais do que a idolatria, o ódio entre as pessoas;
·   Ajudar as pessoas monetariamente é tsedacá, um ato necessário e de justiça, que é mais do que caridade, um simples ato voluntário de bondade;
·   Ainda mais elevado do que o tsedacá é o conceito de guemilát chéssed, atos beneficentes que vão além das doações materiais;
·   Mais do que o povo escolhido, os judeus são o povo que escolheu, cuja singularidade foi a boa vontade de ser o primeiro a aceitar as leis de Deus;
·    A visão messiânica coloca sobre os judeus a responsabilidade e a missão de aperfeiçoar o mundo e servir como uma luz entre as nações;

Capítulo 4. A lei e a ordem

·   De acordo com o judaísmo, os seres humanos enfrentam um “exame final” após a morte, o que exige a prestação de contas em quatro grandes áreas;
·   O judaísmo difere do cristianismo ao enfatizar um Deus da lei acima de um Deus do amor, bem como a ação acima da crença;
·  O  judaísmo difere do humanismo secular por acreditar que Deus seja necessário como   fonte máxima do comportamento ético e moral;
·   Os judeus aceitam os chukim, leis que não fazem sentido, não como irracionais, mas como leis supra-racionais, as quais se exige que sejam aceitas mais por crença do que por compreensão;
·  Deus nos dá ordens em favor Dele, mas para nosso próprio benefício, através de um conjunto de mandamentos cujo objetivo maior é a moderação e o “meio-termo de ouro” ??

Capítulo 5. Este é um mundo maravilhoso

·   Pelo fato de Deus ter olhado e visto que “o mundo é bom”, o homem tem a obrigação de reverenciar a vida e aproveitá-la;
·  O judaísmo considera o celibato, a pobreza e o isolamento como pecados que afastam as pessoas do mundo e do seu pleno aproveitamento;
·   O judaísmo é uma religião da vida, não da morte; a preservação da vida tem precedência sobre todas as outras leis judaicas;
·    O suicídio é um pecado grave, considerado como um assassinato;
·   Embora a vida após a morte ofereça uma enorme alegria, ela interrompe a oportunidade do indivíduo crescer e realizar mais boas ações.

Capítulo 6. O maior best seller de todos os tempos

·   O Pentateuco, Chumásh, cinco livros de Moisés ou Torá, a Lei de Moisés; é o livro mais sagrado da religião judaica e a fonte de todos os seus principais ensinamentos;
·   A bíblia judaica consiste da Tora, o nome geralmente mais utilizado para os cinco primeiros livros (de Gênesis a Deuteronômio), adicionada das obras proféticas posteriores, de Josué às Crônicas;
·  Os heróis bíblicos e suas vivências servem tanto como ilustrações de princípios éticos importantes quanto como mensagens relevantes até os dias de hoje;
·  As leis encontradas na Bíblia são as fontes dos princípios democráticos e dos conceitos universalmente reconhecidos da bondade e compaixão;
·  Os relatos dos atos de Deus no princípio e no fim da Bíblia circunscrevem a grande mensagem dos valores bíblicos e judaicos.

Capítulo 7. Mais sobre a bíblia

·   A bíblia judaica completa, encerrada no século I EC (EC = era comum) consiste dos cinco livros de Moisés (Torá), dos Profetas (Neviím) e dos Escritos (Chetuvím). Juntos, são denominados Tanach;
·   As palavras de Deus e as mensagens dos profetas ainda têm grande relevância para os dias atuais, especialmente as palavras de Natan, Isaías, Jeremias, Elias e Ezequiel;
·  O livro dos Salmos faz parte tanto da liturgia judaica quanto de boa parte de outras liturgias do mundo;
·   O Cântico dos Cânticos, com sua sensualidade e sugestões eróticas, faz parte da Bíblia como uma poderosa metáfora para o relacionamento entre Deus e o povo judeu;
·   O livro de Jó é a resposta bíblica para a difícil questão: porque as pessoas boas sofrem;
·   A sabedoria de Salomão está manifesta em seus vários Provérbios, que servem como um guia bíblico para as questões da vida cotidiana;

Capítulo 8. As leis e as lendas

·   A Mishná, editada pelo Rabi Iehudá Hanassí, é a Lei Oral judaica, escrita por medo de que o exílio pudesse fazer com que seus ensinamentos fossem esquecidos;
·  As seis principais seções (ou Ordens) da Mishná que cobrem todos os aspectos da vida humana;
·   A Ética dos Pais, uma pequena porção da Mishná, é uma coleção particularmente bela de máximas rabínicas que nos guia para aquilo que o judaísmo considera uma vida boa e digna;
·     O Talmud acrescenta à Mishná a Guemará, composta de trezentos anos de discussões entre os Sábios. Essas discussões iluminam a lei judaica e aplicam seus princípios a situações ocorridas no contexto de suas respectivas épocas;
·    O Misdrásh, uma coleção de lendas, ao mesmo tempo em que educa e diverte, 
     complementa a legislação talmúdica com a teologia rabínica.

Capítulo 9. As  vozes  posteriores  do  judaísmo

·   Os comentaristas bíblicos de cada geração percebem novas verdades nos textos antigos à medida que explicam os versículos a partir de suas próprias perspectivas e cumprem a missão de fundir o intelecto humano ao texto transmitido por Deus;
·  Os estudantes de Cabalá, inspirados no Zobar, acrescentam uma dimensão mística à nossa compreensão de Deus e do mundo;
·    As leis judaicas transformam conceitos éticos em aplicações práticas diárias e são o foco de inúmeras obras que buscam ensinar judeus “como fazer a coisa certa”;
·  As  Responsa adaptam a lei judaica à vida moderna à media que aplicam antigos princípios a situações contemporâneas.

Capítulo 10. O  calendário  judaico

·   Enquanto o calendário padrão faz do nascimento de Jesus o seu ponto de partida, os judeus optam por uma contagem mais universal que se inicia com a criação de Adão e Eva;
·  Os seis  milênios do calendário judaico não incluem os possíveis bilhões de anos de existência da Terra que precedem a criação de seres humanos plenos, formados “à imagem de Deus”;
·   O calendário judaico não é solar, como o cristão, nem lunar, como o muçulmano, mas uma combinação lunar-solar;
·   Praticamente todos os doze meses do ano judaico têm dias especiais de comemoração que relacionam os principais eventos do passado a rituais que garantem a sua recordação;
·  O calendário judaico comemora o nascimento do povo judeu bem como o princípio da espécie humana através de seus dois Anos Novos;
·  O descanso semanal denominado Shabat é um santuário de tempo que permite que a alma se renove a cada semana.

Capítulo 11. Os  grandes  feriados  religiosos

·  O ano judaico começa com os “dez dias de arrependimento”, que se iniciam com Rash Hasband, o dia do Ano Novo, e terminam com o Iom Kipur, o Dia do Perdão;
·  O arrependimento é o foco desses dias, pois são o momento em que Deus julga a espécie humana: Ele “escreve” o decreto em Rash Hasband e o “sela” em Iom Kipur;
·   O toque do Shofár, um chifre de carneiro, serve como uma chamada ao arrependimento e convida os judeus a se lembrar e refletir sobre as diversas idéias associadas a esses dias;
·    O mel simboliza um ano doce, e o Tashlích, o ritual de se jogar migalhas de pão em águas correntes, é uma maneira de “nos afastarmos” do pecado e das transgressões;
·    Arrepender-se de verdade não é apenas admitir os erros do passado, mas comprometer-se a melhorar o comportamento no futuro; com respeito aos pecados contra outras pessoas, isso implica pedir perdão pessoalmente;
·   O Iom Kipur, o Dia do Perdão, enfatiza o aspecto espiritual do ser humano, que, jejua em vez de comer e aproveita “a última chance” para se reconciliar com Deus e com seus semelhantes;
·  Vestir o kítel, a mortalha branca, a última vestimenta, “nos faz” conscientes do quanto devemos aproveitar cada momento da nossa vida neste mundo.

Capítulo 12. É histórico: as  três  Festas  da  Peregrinação

·  Três feriados religiosos: Pêssach, Shavuót e Sucót, abrangem o grupo de feriados históricos conhecidos como Festas de Peregrinação;
·  Pêsach, com seus diversos nomes, proclama Deus como o libertador dos judeus da escravidão e enfatiza, acima de tudo, o ideal de liberdade;
·  O sêder é uma refeição especial de Pêssach cujos símbolos transmitem as mensagens desse feriado religioso – ao “nos fazerem relembrar” o Êxodo e vislumbrar a redenção final;
·    Shavuót comemora a idéia central do judaísmo: a aceitação da Torá;
·  Em Sucót, quando muitos judeus deixam seus lares para morarem em cabanas, é uma recordação do tempo em que os judeus vagaram pelo deserto e foram sustentados milagrosamente por Deus;
·  As quatro espécies de plantas-símbolo de Sucót são recordações simbólicas dos quatro tipos de judeus e da necessidade de se atingir a unidade incluindo a todos;
·  Simchát Torá é o dia em que um ciclo anual de leitura da Torá se completa e um novo ciclo recomeça imediatamente.

Capítulo 13. Comer  e  jejuar

·   Purim, o feriado religioso cujo nome deriva de um sorteio, ensina aos judeus que milagres acontecem. Mesmo que Deus esteja invisível, ele “puxa as cordinhas” por trás dos acontecimentos para fazer com que ocorram “coincidências” segundo a Sua vontade;
·   Purim, cujo tema é a intervenção Divina, é o nome dado a outros momentos de libertação judaica, ao longo da história;
·   Chanucá, que significa consagração, marca a vitória do judaísmo sobre o helenismo e do ideal da beleza da sacralidade sobre a visão grega de sacralidade da beleza;
·  O milagre da Chanucá, do óleo que durou oito dias, ao invés de um, é um símbolo da sobrevivência milagrosa dos judeus e da sua recusa, a exemplo do óleo, em se assimilar;
·  As tragédias devem ser tão lembradas quanto as alegrias. Os vários dias de jejum no calendário lembram os judeus das razões pelas quais deve-se chorar;
·  O judaísmo enfatiza, através do Ano Novo das Árvores, a ecologia e a reverência pela  Natureza;
·   Após dois mil anos, o século 20 trouxe novos feriados que marcam tanto uma tragédia enorme, o Holocausto, quanto uma das maiores bênçãos da história judaica; o retorno à Terra Prometida;

Capítulo 14. Mazal  Tov :  nasceu

·   O judaísmo exige que as pessoas imitem a Deus, o Criador, gerando frutos e multiplicando-se;
·  Uma família tradicional judaica deve consistir, no mínimo, de um filho e uma filha.  Entretanto, quanto maior o número de filhos, maior a mitsvá;
·  O nome dado a uma criança judia tem significado profético e identifica seu caráter, seu potencial e sua alma;
·   A circuncisão, Brit Milá, é um rito religioso realizado no oitavo dia após o nascimento, através do qual os homens judeus, recebem, para toda a vida, “um sinal da aliança” sobre sua carne;
·   Os homens judeus primogênitos devem ser “redimidos” do papel que lhes foi originalmente designado – o de sacerdotes – através de uma doação de cinco moedas de prata para um Cohen;
·   Todo homem alcança automaticamente o Bar Mitsvá quando atinge a idade de 13 anos. A partir daí passa a ter a responsabilidade cumprir a lei judaica, pois entende-se que esteja maduro o suficiente para compreender o seu significado;
· As mulheres amadurecem antes do que os homens. Por isso a sua idade da responsabilidade,o Bat Mitsvá, é aos 12 anos.

Capítulo 15. O casamento

·    Para os judeus, casar-se é mais do que uma escolha pessoal; é um mandamento religioso;
·   A tradição judaica acredita que Deus é o “casamenteiro” de todos os casamentos, e que a noiva e o noivo estão predestinados um ao outro desde antes do seu nascimento;
·   A cerimônia de casamento – suas leis, rituais e costumes – é repleta de simbolismos que enfatizam a sacralidade do momento, a proximidade com Deus e a seriedade da ocasião;
·    A quebra do copo ao final da cerimônia une o futuro do casal à história judaica;
·  O judaísmo oferece muitos conselhos sábios aos noivos para que haja shalom bait – o ideal de paz no lar, necessário para um casamento duradouro;
· O divórcio, embora seja extremamente doloroso e que provoca lágrimas Divinas, é preferível à perpetuação de um lar em clima de ódio;

Capítulo 16. A morte não é orgulhosa

·     Ao invés de temida, a morte iminente deve ser vista como uma oportunidade de “colocar a casa em ordem”;
·     A morte é a separação entre a alma e o corpo: o corpo retorna ao pó e a alma à sua fonte, o que garante a imortalidade;
·     O judaísmo exige respeito com o corpo, que serviu como receptáculo para a alma. Pede-se aos que ficam que cumpram uma série de leis que demonstrem tanto a tristeza pela perda sofrida quanto a consciência de que a existência da alma é permanente;
·    A shivá, o período de luto de sete dias, bem como o Cadish, a oração dos enlutados (que não menciona a morte), são duas das maneiras mais importantes através das quais o judaísmo se esforça para confortar os enlutados e perpetuar a memória dos falecidos;
·   Visitar o túmulo é uma mitsvá. Descobrir a lápide com uma inscrição a respeito do falecido é um costume recomendável;
·   A reencarnação, embora não seja uma crença judaica universal, é aceita por muitas pessoas, especialmente aquelas que seguem as tradições místicas da Cabalá;

Capítulo 17. Bem-vindo à minha humilde morada

·   A maioria dos lares judeus tem uma caixinha no umbral da porta chamada mezuzá, que serve como um lembrete de Deus no lugar de encontro entre os mundos público e privado;
·   A  mezuzá, na verdade, é o pergaminho dentro da caixinha, como uma mini-Torá, onde   está escrita talvez a mais importante das orações judaicas;
·   Todos os lares devem ser inaugurados, assim como o templo foi consagrado na primeira Chanucá, em uma cerimônia especial denominada Chanucát Habáit;
·  Todo lar judaico mantém um canto da casa sem acabamento, em memória do exílio e da tragédia da destruição do templo;
·   Durante as orações, os judeus que vivem no ocidente voltam-se para o leste, em direção a Jerusalém; eles costumavam pendurar, em uma parede do lado leste da casa, um quadro indicativo mizrách;
·  Os judeus são conhecidos como “O Povo do Livro” e praticamente todos os lares jdaicos demonstram a veneração pelos livros por parte de seus ocupantes – tanto pela quantidade quanto pelo lugar nobre que lhes é destinado.

Capítulo 18. A cozinha

· Comida casher não é um alimento abençoado por um rabino ou um alimento extremamente higiênico; trata-se de um prato que é preparado para consumo, de acordo com a lei judaica;
·   A razão para a existência das leis de Cashrut não é médica, mas espiritual. Mais do que saudável, comer casher deve fazer de você uma pessoa mais espiritualizada;
·  Os porcos não são os únicos alimentos não-casher; há uma longa lista de animais, aves, frutos do mar e insetos que são considerados proibidos ou trêif;
·   As leis de Cashrut também se preocupam com o sofrimento dos animais, e a única carne permitida é aquela de animais abatidos através da shechitá, um ritual que leva à morte instantânea e indolor;
·   Ingerir sangue é proibido. Por isso, a carne deve ser salgada e os ovos com o menor traço de sangue, descartados;
·   Carne e leite não devem ser consumidos juntos. Essa lei é um exemplo típico de chóc, um estatuto para o qual não é dada uma explicação racional;
·  O vegetarianismo remonta a Adão e Eva, e permanece sendo uma opção viável para os judeus;
·    Aquilo que é prejudicial à saúde não é casher. Para os judeus, as pessoas não têm o direito de comer comidas que lhe sejam danosas.

Capítulo 19. A sala de jantar

·   As bênçãos recitadas antes de comer servem para despertar nosso encantamento diante do milagre que é o pão nosso de cada dia;
·   O shabat, o dia do descanso semanal, bem como os demais feriados religiosos do ano, tem suas comidas típicas que servem para enfatizar a mensagem espiritual da data através da culinária;
·  Os judeus agradecem após as refeições, pois uma prece não deve ser dita somente por aqueles que estão famintos e passando por necessidades, mas também por aqueles que são recipientes das bênçãos de Deus.

Capítulo 20. O quarto do casal

·   No judaísmo, o sexo não é uma concessão ou uma atividade impura, mas uma mitsvá, um mandamento Divino;
·   O instinto sexual foi criado por Deus para que possamos nos regozijar com o ato de criar, e é considerado como uma necessidade garantida legalmente tanto para homens quanto para mulheres;
·  O judaísmo preocupa-se tanto com a qualidade do sexo quanto com a sua freqüência. Recomenda vários momentos para o ato sexual por semana e encoraja as relações sexuais especialmente no Shabat;
·   A Bíblia se refere ao ato sexual pelo verbo conhecer, para enfatizar que, além de ser um encontro físico, deve ser um encontro de mentes e almas;
·   A lei judaica oferece orientação para a felicidade sexual e satisfação de ambos os cônjuges, pois o sexo é o principal componente de um casamento feliz;
·   O judaísmo proíbe o sexo durante um certo período de cada mês, provavelmente porque “a abstinência torna o coração mais afetuoso”;
·   O micvê, o banho ritual utilizado pela esposa antes de retornar a atividade sexual e por convertidos antes de se tornarem judeus, está associado mais à pureza espiritual do que à higiene.

Capítulo 21. O  quarto  dos  filhos

·     Ser um bom pai judeu (e uma boa mãe judia) exige preparar, educar e inspirar um filho;
·  O judaísmo oferece um conjunto de orientações para a criação dos filhos, incluindo a necessidade de instituir a disciplina e a maneira de aplica-la, e fala dos danos da raiva excessiva, do favoritismo e de dar coisas materiais em demasia;
·   A relação entre pais e filhos deve ser recíproca e impõe obrigações de ambos os lados;
·   Honrar os pais, um dos Dez Mandamentos, dá mais ênfase à ação do que ao sentimento, e à reverência e respeito mais do que ao amor;
·   Pelo ato de honrar os pais, a Bíblia promete como recompensa uma vida longa.

Capítulo 22. Vamos  dar  uma  volta

·  A sinagoga tem três nomes, correspondentes às suas três funções: casa de rezas, casa de estudos e casa de reunião;
·  A Casa judaica de Deus reúne socialmente as pessoas, é uma biblioteca, um local para o estudo comunitário e o lugar ideal para se rezar junto a outras pessoas;
·   A Arca Sagrada que contém a Tora, o lugar mais importante da sinagoga, nos faz recordar a a Arca original no Templo, que continha os Dez Mandamentos;
·   A arquitetura da sinagoga tem poucas exigências além da posição da Arca (que, nos países ocidentais, está voltada para o leste): precisa ter janelas, uma luz eterna, uma bimá, e – nas sinagogas ortodoxas – uma divisória separando os homens das mulheres;
·  Muitas pessoas trabalham em uma sinagoga, cujos líderes são o rabino e um grupo de congregantes laicos.

Capítulo 23. Vamos  rezar

·  Ao invés de buscar modificar a vontade de Deus, a intenção da oração é modificar a nós mesmos ao nos aproximarmos Dele;
·   Os três tipos de oração – de louvor, de pedido e de agradecimento – servem a propósitos diferentes, mas têm em comum o fato de nos sensibilizar para a importância de Deus em nossas vidas;
·  As orações não substituem a ação e a iniciativa humanas, mas podem complementar os esforços, pois, segundo um antigo ditado, é verdade que “Deus ajuda a quem se ajuda”;
·   Os judeus rezam três vezes ao dia, refletindo três estados e motivações diferentes para seu diálogo com Deus;
·   Embora a oração espontânea possa parecer preferível, é necessário fixar horários para os serviços religiosos a fim de assegurarmos que obteremos experiência suficiente para nos capacitarmos a rezar de maneira adequada quando realmente precisamos;
·   O livro de orações têm bênçãos para todas as ocasiões importantes da vida, e as passagens do Sidur representam algumas das mais belas expressões da nossa criatividade espiritual;
·   A chave para rezar é “o serviço do coração”, e o valor da oração está sem dúvida baseado na sinceridade e no fervor.

Capítulo 24. A  moda  na  sinagoga

·  Tsitsit são franjas colocadas nos quatro cantos (ou quatro pontas) das roupas para os judeus se lembrarem de Deus e de seus mandamentos;
·  Hoje em dia, os dois substitutos religiosos para o tsitsit são o talit, o xale de orações vestido na sinagoga, e o talit catan, vestido pelos judeus tradicionais como parte integrante do seu traje diário;
·   O tefilim da mão é colocado no braço mais fraco e as tiras são enroladas em torno do dedo anular para demonstrar um casamento simbólico com Deus;
·  A cobertura para a cabeça, embora não seja uma lei bíblica, é considerada um costume importante pelos judeus ortodoxos, pois simboliza a aceitação de um “poder superior” acima de suas cabeças.

Capítulo 25. Que tipo de judaísmo ?

·  O judaísmo ortodoxo, que até o século 18 era a única forma de judaísmo, mantém todos os ensinamentos e tradições do passado como imutáveis e invariáveis, em qualquer época;
·   O judaísmo ortodoxo abriga em suas asas uma gama de diversos pontos de vista – desde a aceitação da cultura moderna à absoluta rejeição do mundo secular;
·   O judaísmo reformista, ao acreditar na autonomia religiosa do indivíduo, tem passado por diversos estágios desde a sua criação; hoje em dia, embora ainda rejeite a origem Divina do Torá, aceita muito mais as práticas rituais e apóia o Estado de Israel;
·  As diferenças de posição quanto à conversão e à descendência patrilinear, entre os ortodoxos e conservadores de um lado, e os reformistas de outro, são as questões que mais ameaçam a unidade judaica no futuro;
·  O judaísmo conservador encontrou seu nicho como uma abordagem judaica de centro, rejeitando ambos os extremos;
·  O judaísmo reconstrucionista prefere ver o judaísmo mais como uma civilização do que como uma religião, e o seu maior impacto foi através da sua influência em transformar as sinagogas em centros comunitários;
·   O judaísmo chassídico revolucionou o judaísmo no século 18 ao dar maior ênfase ao coração do que à mente, e à oração do que o estudo, como formas de servir a Deus;
·  O movimento chassídico, embora tenha sido visto no começo como uma ameaça aqueles que defendiam a primazia do estudo da Torá, hoje em dia tornou-se um parceiro poderoso da ortodoxia tradicional e tem a seu favor um grande sucesso em fazer chegar o judaísmo a muitos que se encontravam afastados da religião;
·  O judaísmo secular, embora rejeite a base religiosa, manifesta de forma explícita a compaixão, os valores e a consciência judaica.

Capítulo 26. O  que  é  mais  importante?

·  O movimento do Mussár identifica a essência do judaísmo com a santidade humana, valorizando características como humildade, verdade, honestidade, compaixão, dignidade e fala apropriada;
·   Os judeus, assim como Abrahão, cujo nome implica a missão de espalhar a palavra de Deus aos outros povos, devem servir como exemplos para o mundo e santificar o nome de Deus através de sua ações;
·   O movimento de Baal Teshuvá que vem ocorrendo atualmente é um fenômeno histórico sem paralelos, e aqueles que se engajam em aproximar as pessoas de Deus estão cumprindo um grande princípio do judaísmo;
·   O sionismo enfatiza a importância da Terra de Israel para o judaísmo;
·  “Todas as mitvót têm o mesmo valor”, dizem os antigos rabinos, e selecionar uma entre outras cria um sistema de moralidade baseado apenas em preferências pessoais;
·   O Talmud escolheu um versículo de Habacuc, “Os justos viverão segundo a sua crença”, como o resumo mais adequado dos princípios encontrados em toda a Lei Judaica.

Capítulo 27. Alguma  dúvida  pessoal?
                                               
·   O judaísmo encoraja as perguntas – e seus ensinamentos éticos e religiosos são aplicáveis a diversas áreas contemporâneas, desde viagens espaciais a transplante de órgãos;
·  O judaísmo é a única entre as religiões a ensinar que “você não precisa ser judeu par alcançar o Paraíso”;
·   Os judeus não acreditam que sejam “o povo escolhido”; eles preferem ser chamados de “o povo que escolheu”, pronto a aceitar as leis de Deus antes de outros povos;
·    O segredo judaico para a felicidade é preencher a vida com um propósito;
·   Ao invés de dizer adeus, os judeus se despedem com a palavra shalom, que significa, além de paz, completo e íntegro – uma bênção pela harmonia e integridade espiritual. 

Capítulo 28. Os  tempos  estão  mudando
   
·   Os judeus e o judaísmo – deixaram a condição de serem não mais do que tolerados para       serem respeitados, admirados e até mesmo imitados;
·   The Gift of the Jews (A dádiva dos Judeus), livro que foi best-seller nos Estados Unidos, fez com que os norte-americanos tomassem consciência do quanto devem a esse povo pequeno, mas extremamente influente;
·   Os Estados Unidosda América tornaram-se a vanguarda da liberdade religiosa e, hoje em      dia, até mesmo a eleição de um presidente judeu não parece algo impossível de acontecer;
·  Em resposta à guinada generalizada em direção à tradição, o judaísmo reformista sofreu mudanças teológicas importantes com a adoção, em 1999, de um novo conjunto de princípios em sua convenção de Pittsburg;
·   O judaísmo conservador está exigindo muito mais comprometimento religioso por parte de suas lideranças laicas, uma ênfase maior ao estudo da Torá por parte de todos os seus membros congregacionais e publicou uma tradução absolutamente nova da Torá, acrescida de comentários, denominda Ets Chaim (Árvore da Vida);
· O judaísmo ortodoxo vê a sua força não no número de seus seguidores, mas no comprometimento total com a Torá e as tradições, e entende que o acerto do estilo de vida que prega está comprovado pelo sucesso do Movimento Baal Teshuvá e pela sobrevivência continuada do judaísmo.

Capítulo 29. Problemas,  problemas  e  mais  problemas

·   O terceiro mandamento não está só preocupado com o uso desnecessário do nome de Deus, mas com o pecado muito pior de se apropriar de Seu nome para racionalizar a prática do mal;
·   Os fanáticos alegam agir “em nome de Deus”, pois acreditam que somente o seu ponto de vista se traduz na versão correta da verdade;
·  Depois do “11 de setembro” a civilização ocidental sentiu-se muito mais ameaçada pelo fundamentalismo religioso, que justifica as explosões homicidas como uma maneira de destruir “todos os infiéis”;
·    O anti-semitismo, travestido de anti-sionismo, ainda é uma poderosa ameaça aos judeus;
·   O anti-semitismo tem muitas origens que dizem muito mais sobre as pessoas que odeiam do que sobre os judeus que são odiados;
·  A Igreja Católica, em um ato dramático de arrependimento, pediu perdão aos judeus por séculos de comportamento transgressor;
·   Ser amado muitas vezes pode ser mais perigoso à sobrevivência judaica do que ser odiado;
·  O anti-semitismo e a assimilação, cada um à sua maneira, representam as maiores ameaças ao judaísmo.

Capítulo 30. A  bola  de  cristal:  então,  como  será  o  futuro?

·  Em geral, os judeus que vivem sem judaísmo estão perdidos para seu povo em três gerações;
·   O segredo da sobrevivência judaica sempre esteve no estudo da Torá;
·  “Frutificai e Multiplicai” é um mandamento que deve ser seriamente considerado pelos judeus, caso contrário o povo judeu não sobreviverá;
·   A preocupação judaica com a reprodução, em oposição à adoção cristã do celibato para os seus melhores e mais brilhantes homens, pode ter alguma ligação com a notável porcentagem de vencedores judeus do Prêmio Nobel;
·  “O desaparecimento do judeu norte-americano” foi previsto há anos, da mesma maneira que o Cadish pelo povo judeu vem sendo recitado por vários judeus ao longo dos séculos;
· Eruditos pessimistas acreditam que os judeus “cumpriram a sua missão” e estão sentenciados à extinção em curto prazo;
·   Apesar de tudo, os judeus sobrevivem, cumprindo a previsão que Deus revelou a Moisés em seu primeiro encontro, quando Ele mostrou-lhe a sarça milagrosa que “ardia no fogo e não se consumia”.
 ão se consumia”.

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