“E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. (Marcos 16.15).
MINHA
CONVERSÃO
Na minha infância comecei a
frequentar os cultos através
do convite da minha avó materna e minhas tias, que eram cristãs. Nessa época
meus pais ainda não eram cristãos e
meu lar atravessava um momento muito difícil, pois meu pai era alcoólatra, o
que acarretava diversos problemas familiares, como dívidas, discussões e
agressões dentro de casa e minha
família sofria com essa situação.
Os
irmãos da igreja que
minha avó frequentava (que é a mesma que
minha família frequenta hoje) sempre oraram pela nossa família, para que meu pai fosse liberto do vício. Minha avó e minhas tias
sempre me ensinavam que quando ele chegasse em casa
bêbado, nós deveríamos orar para que o Senhor o libertasse.
Na Igreja as professoras
da Escola Bíblica Dominical sempre oravam junto comigo
pela salvação do meu pai. Comecei a entender que
Deus tinha o poder para transformar meu lar, também passei a ver que as outras
crianças da Igreja tinham algo de
diferente, algo que eu não tinha dentro da
minha casa, e era justamente esse algo que eu queria! Eu
queria aquela paz, queria que meu pai parasse de beber.
Entendi que Jesus podia me dar o que
eu precisava! Nessa época eu já participava do
Departamento Infantil e num culto de crianças eu aceitei a Jesus como meu
Salvador.
Depois que me converti as
coisas não mudaram de imediato, mas sabia onde buscar a ajuda para os problemas
do meu lar. Depois de alguns anos meu pai finalmente se converteu e hoje posso
dizer que eu e minha casa servimos ao Senhor!
ENVOLVIMENTO NO MINISTÉRIO E CHAMADA
MISSIONÁRIA
Desde criança, Deus usou
vários meios para me falar que tinha uma obra especifica na minha vida. Minha igreja sempre teve um envolvimento muito forte com
Missões, e sempre que ouvia os testemunhos de missionários, que vinham aos
cultos ou nas Conferências, eu era muito tocado com os relatos de suas experiências, porém achava que era
algo muito distante.
Na adolescência comecei a
fazer parte da Secretaria de Missões da Igreja, onde ajudava a organizar os
Cultos, estava sempre em contato com os Missionários que vinham pregar. Sempre tinha acesso à literatura sobre missões transculturais, e podia ver a
situação do mundo não alcançado, geralmente no final dos textos, havia uma reflexão sobre a falta de obreiros dispostos a entregar suas vidas integralmente
para a Obra de Deus.
Em 2004 ingressei na
Universidade, e já no primeiro período tive a oportunidade de conhecer e de me envolver com um Ministério da Cruzada Estudantil
e Profissional para Cristo (CEPC), que atua
dentro das universidades, chamado Movimento Estudantil Alfa e Ômega (AeO).
Durante os anos de graduação, participei
ativamente do movimento, em reuniões de oração, reuniões para não cristãos,
evangelismo, treinamentos de liderança e Congressos Estudantis. Em Janeiro de
2007, participei de um projeto missionário durante um mês em Juiz de
Fora (MG), juntamente com um grupo de 40 pessoas
(entre estudantes e missionários da CEPC),
para implantar o
Movimento Alfa e Ômega na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), esse momento foi um “divisor de
águas” na minha
vida. Deus falou profundamente ao meu
coração naqueles
dias, e acima de tudo fui confrontado com
a ordem de cumprir a Grande Comissão em minha geração, e de servir a Deus em tempo
integral. Então eu disse: “Sim
Senhor eu quero ir!”
Enquanto isso, na minha igreja estava começando um despertamento para o envio de candidatos
a missões transculturais. Através da viagem que fiz para Juiz de Fora, fiquei conhecido pala Secretaria Geral de
Missões da Sede, então surgiu a ideia de me enviarem para um treinamento
transcultural.
Graças a Deus tudo foi
acontecendo naturalmente, o envolvimento com a Secretaria local da minha
Igreja, o envolvimento com a Cruzada Estudantil, com a Secretaria Geral, etc.
Hoje eu vejo que Deus já tinha tudo preparado e usou todas essas coisas
para construir a longa estrada que estava apenas a começar.
Inicialmente fui enviado
para o Treinamento da Horizontes América Latina, situada em Minas Gerais
(2009), foi um tempo de muito aprendizado e crescimento espiritual e pessoal,
na Horizontes conheci pessoas as quais nunca irei esquecer. Em 2010, ao
retornar para a minha Igreja, a fim de decidirmos
juntos sobre a
próxima fase do treinamento, ficou decido a minha transferência para a Missão
Kairós.
Naquele mesmo ano fiz o
Treinamento Intensivo e em janeiro de 2011 fui enviado para o Senegal. Sou grato a Deus pelo tempo em que estou atuando junto à equipe da
Kairós (1 ano e 5 meses). Esta é a minha primeira experiência no campo missionário e tenho me colocado a
aprender. Em umas das minhas cartas de oração eu disse que o Senegal tem
sido meu Peniel (Gênesis 32.24-32), o lugar onde "o Pai Celestial tem mudado meu
nome". Todos os dias em diferentes situações sinto meu caráter sendo
forjado “... tenho visto o Senhor...”.
A Kairós Senegal atua em
três cidades do país, a saber: Rufisque, Sindia e Yoff, com frentes de
trabalhos sociais, que funcionam como
ponte de evangelização devido ao contexto muçulmano (O Islã é a religião de 94%
da população), além de servir como fonte de formação e sustento para obreiros
nacionais. Na cidade de Rufisque temos também uma Igreja de apenas 3 anos.
Faço parte da equipe que
trabalha em Rufisque e na Igreja sou um dos líderes dos adolescentes e
jovens e também sou professor dos jovens
na Escola Bíblica. Na área de projetos sociais eu trabalho com a Alfabetização de Jovens e Adultos e na Farmácia do Posto de Saúde.
Deus tem feito grandes coisas, a cada dia
somos alvos de Sua graça
que transborda em nossas vidas, ainda estou em fase de estudo do idioma e
conhecendo a cultura (que é como uma “colcha de
retalhos”), mas
pela infinita misericórdia de Deus tenho me envolvido nos trabalhos com o
coração contente por servir ao Senhor nessa nação.
Aqui em Senegal, estou tendo o privilégio
de conviver com um muçulmano para quem Jesus tem se revelado por meio de
sonhos, eu já havia lido sobre muçulmanos que
tiveram esse tipo de experiência com o Senhor. Deus deseja se revelar aos
que Ele ama, e é isso que o Senhor está fazendo, é maravilhoso ver como
Deus tem falado ao coração dele. Os muçulmanos leem sobre Jesus, ou Issa,
como ele é chamado no Alcorão, porém tal livro mostra Jesus como, apenas mais
um profeta, o qual jamais poderá ser comparado ou tido como maior que Maomé.
Tal rapaz que vou
chamar de “Carlos” tem estado conosco depois da campanha que tivemos aqui, em Janeiro, para a construção da Igreja, onde recebemos a ajuda de voluntários que vieram de vários estados do
Brasil, o que gerou uma grande movimentação em todo o bairro e muitos jovens da comunidade vieram nos
ajudar.
O terreno no qual construímos o templo está situado ao lado da casa do “Carlos e ele voluntariamente se prontificou a nos ajudar com água para
a obra, e a guardar as
ferramentas. Após a campanha estabelecemos uma relação de amizade e temos caminhado juntos, porque
nos tornamos amigos, ele tem sido pressionado por sua família que é muçulmana, bem tradicional e muito conhecida em todo o
bairro, e pelos vizinhos. Porém temos a
certeza que Deus tem uma grande obra na vida de “Carlos”,
aliás, já tive o
privilégio de conversar com ele sobre assuntos como: pecado, salvação, justiça e vida eterna tudo
isso com base nas perguntas que ele
mesmo me faz, ele também me fala frequentemente dos sonhos que tem tido e
eu consigo perceber que é sobre Jesus... que é Jesus que tem se revelado a
ele! Orem por isso!
Elcio Teodoro
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