Eram uns pés pequeninos,
róseos, alegres, divinos,
a saltitar de alegria;
aqueles pés de criança
que, no dia da esperança,
brincavam na estribaria.
Eram pés alvos e graves,
plúmeos, leves como as aves
que andam perdidas pelo ar;
aqueles pés delicados,
lisos, brilhantes, molhados,
pisando as ondas do mar.
Pés, cuja pele morena
o pranto de Madalena
aromou em mil desvelos,
e que, depois de minutos,
foram beijados e enxutos
pelos seus longos cabelos...
Eram pés lentos, cansados,
feridos e machucados
e lacerados de espinhos,
aqueles pés expressivos,
sempre em marcha, sempre vivos,
a conquistar os caminhos.
Eram pés magros e frios,
lilases, mortos, sombrios,
sujos de sangue e pus;
aqueles pés gotejantes
que, nos últimos instantes,
foram pregados na cruz.
Eram pés claros, gloriosos,
aqueles pés poderosos
rompendo da morte o véu,
por nuvens acariciados
e por estrelas beijados,
quando ELE subiu ao céu!
Coisa mais linda do mundo!
ResponderExcluirConcordo com você. Gióia Júnior partiu, mas nos deixou esse presente!
ExcluirBelíssimo poema, tenho utilizado (leitura) em sala de aula. Para que os jovens conheçam a beleza desta poesia.
ResponderExcluirBoa estratégia, parabéns!
ExcluirConheci este Poema na minha adolescência, quando uma senhora fazia a declamação dele. Há outros belos Poemas de Gióia Júnior. Vamos divulgar em ambientes coletivos, Escola, Igrejas, em Família.
ResponderExcluirSim, há outros, não coloquei todos no Blog, mas gosto de todos! Vamos divulgar sim!
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