“Porque um menino nos nasceu, um filho se
nos deu; e o principado será sobre os seus ombros; e o seu nome será
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz” (Isaías 9.6).
MARAVILHOSO
Tecendo a
Luz, suas mãos florescem
alvos
sorrisos imperecíveis.
Os funéreos
projetos de Baal
cairão nos
labirintos da noite;
os ídolos
tornarão às cinzas
com suas
fontes de cegueira.
Eis o
Maravilhoso! Pisa
os dragões
do abismo.
O
Maravilhoso renasceu a alegria
nos fundos
soluços do homem.
CONSELHEIRO
Seus lábios
refazem
as harmonias
perfeitas.
Ele
pontifica e salva
dos roteiros
do engano,
das ciladas,
das chamas.
Quem desata
o próprio coração
e lhe colhe
a voz
não
conhecerá os guantes
do
despenhadeiro
nem os
ígneos tridentes da Morte.
DEUS FORTE
Todas as
flechas, os arsenais invisíveis,
as bombas
hodiernas,
os tronos,
as lâminas da ira,
ante o Deus
Forte sucumbirão.
Ele marchou
as vitórias
sobre as
planícies da noite;
ele sustém
as mais velhas estrelas,
e a coluna
maior do Universo.
O exército
do Deus Forte incinera
os píncaros
do mal
e erige os
alicerces do amor
nos rostos
quotidianos.
PAI DA
ETERNIDADE
Antes do
princípio, sempiterno,
além os
marcos incriados,
das fímbrias
do infinito.
Antes dos
anjos primeiros, das águas,
dos caules e
dos ventos.
Antes do sol
inaugural, dos vales,
das larvas,
da geometria dos vôos,
das
navegações, das lendas sufocantes.
Antes dos
sonhos, dos santos.
Antes do
próprio tempo, dos corpos,
da concha
inconsútil das horas,
das
lágrimas, do berço, da morte –
ele era, ele
estava: Pai da Eternidade.
PRÍNCIPE DA
PAZ
Nenhum
principado terreno
ou das
podres legiões noturnas
susterá os
estandartes
sobre o que
suas mãos ergueram.
Um dia tudo
e todos desfalecerão:
a paz
morrerá.
As lanças da
angústia procriam
nos campos
do vento.
É mister que
o Príncipe da Paz
estenda a
sua augusta presença
no coração
do homem.
Só à glória
do Príncipe da Paz
o mundo
jamais sufocará.
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