quarta-feira, 30 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
Jesus, Alegria dos Homens - Gióia Júnior
Nesta hora de incerteza, de cansaço
e de agonia,
nesta hora em que, de novo, a guerra se prenuncia,
neste momento em que o povo não tem rumo, nem tem guia;
Ó Jesus, agora e sempre Tu és a nossa alegria!
nesta hora em que, de novo, a guerra se prenuncia,
neste momento em que o povo não tem rumo, nem tem guia;
Ó Jesus, agora e sempre Tu és a nossa alegria!
Nesta hora seca e
torpe, de vergonha e hipocrisia,
quando os homens apodrecem nos banquetes e na orgia,
nesta hora em que a criança atravessa a noite fria;
Tu és a nossa esperança, Tu és a nossa alegria!
quando os homens apodrecem nos banquetes e na orgia,
nesta hora em que a criança atravessa a noite fria;
Tu és a nossa esperança, Tu és a nossa alegria!
Alegria manifesta, que brotou e se irradia
de uma simples e modesta e sublime estrebaria,
alegria nunca ausente,
alegria onipotente
que palpita para o crente
e faz dele um novo ser;
alegria cristalina,
doce, mística, divina,
que nos toma e nos domina
e nos enche de poder.
Tu és a nossa alegria! Santa alegria, Senhor,
que nos une e nos separa e nos fecunda de amor!
Por isso cantamos hinos, temos prazer no louvor,
até nas horas escuras do afastamento e da dor.
Cantai, ó povos da terra!
Trazei harpas e violinos,
oboés, cítaras, guitarras,
harmônios, címbalos, sinos,
clavicórdios e fanfarras,
coros de virgens e mártires, de meninas e meninos!
Cantai, ó povos da terra!
Trazei avenas e tubas, flautas, flautins,
clarinetas, celos, clarins
e tambores
e metálicas trombetas e puríssimos cantores!
de uma simples e modesta e sublime estrebaria,
alegria nunca ausente,
alegria onipotente
que palpita para o crente
e faz dele um novo ser;
alegria cristalina,
doce, mística, divina,
que nos toma e nos domina
e nos enche de poder.
Tu és a nossa alegria! Santa alegria, Senhor,
que nos une e nos separa e nos fecunda de amor!
Por isso cantamos hinos, temos prazer no louvor,
até nas horas escuras do afastamento e da dor.
Cantai, ó povos da terra!
Trazei harpas e violinos,
oboés, cítaras, guitarras,
harmônios, címbalos, sinos,
clavicórdios e fanfarras,
coros de virgens e mártires, de meninas e meninos!
Cantai, ó povos da terra!
Trazei avenas e tubas, flautas, flautins,
clarinetas, celos, clarins
e tambores
e metálicas trombetas e puríssimos cantores!
Cantai, ó povos da
terra!
Trazei pássaros e fontes, bulícios, rios e ventos,
rochas, árvores enormes, alvos lírios orvalhados, palmas viçosas luzindo,
sons da noite, vozes múltiplas dos animais e das águas,
das pedras e dos abismos, das florestas intocáveis
e dos mundos subterrâneos, sons da madrugada clara:
estalos de galhos verdes. Doces ruídos domésticos: talheres e louças brancas.
Sons de fábricas, ruídos de teares e bigornas, de madeiras e metais,
passos pesados de botas de militares eretos,
passos macios e quentes de rosadas colegiais.
Cantai, ó povos da terra!
Cantai de noite e de dia,
na tarde pesada e morna,
na manhã ágil e fria,
na aflição, ou na ventura,
ao nascer, ou na agonia:
Jesus - Senhor dos senhores,
Tu és a nossa alegria! Tu és a nossa alegria! Tu és a nossa alegria!
Trazei pássaros e fontes, bulícios, rios e ventos,
rochas, árvores enormes, alvos lírios orvalhados, palmas viçosas luzindo,
sons da noite, vozes múltiplas dos animais e das águas,
das pedras e dos abismos, das florestas intocáveis
e dos mundos subterrâneos, sons da madrugada clara:
estalos de galhos verdes. Doces ruídos domésticos: talheres e louças brancas.
Sons de fábricas, ruídos de teares e bigornas, de madeiras e metais,
passos pesados de botas de militares eretos,
passos macios e quentes de rosadas colegiais.
Cantai, ó povos da terra!
Cantai de noite e de dia,
na tarde pesada e morna,
na manhã ágil e fria,
na aflição, ou na ventura,
ao nascer, ou na agonia:
Jesus - Senhor dos senhores,
Tu és a nossa alegria! Tu és a nossa alegria! Tu és a nossa alegria!
segunda-feira, 28 de maio de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
O grilo - Gióia Júnior
Numa noite clara,
de Lua
redonda
como um
queijo branco
no prato do
céu,
do meio do
mato
uma voz
ouvi,
que falava
sempre:
CRI...
CRI... CRI...
Vestido de
noite,
perdido no
escuro,
parado num
canto
que não
descobri,
seu corpo
comprido,
de inseto
elegante,
confesso não
vi...
Só ouvi seu
canto
na perdida
sombra:
CRI...
CRI... CRI...
Estava sozinho,
sem algum
amigo
com quem
conversasse;
então
decidi:
"Com o
grilo alegre
vou travar
conversa".
- Ei, grilo,
não temas,
que eu não
sou de briga!
Creste no
que eu disse?
... e o
grilo, do escuro,
respondeu na
hora,
como se
entendesse:
CRI...
CRI... CRI...
Fiquei muito
alegre,
ele me
entendia
e me
respondia
com
satisfação...
Pus-me a
contar fatos
que o
deixaram quieto,
prestando
atenção:
"Uma
vez, amigo,
veio ao
mundo um homem
muito meigo
e puro
perdoando a
todos,
libertando
escravos,
saciando
pobres
e curando
enfermos;
homem tão
bondoso
como igual
não vi..."
- Creste no
que eu disse?
...Respondeu-me
o grilo,
como se
entendesse:
CRI...
CRI... CRI...
"...Pois
o tal profeta
(Ele era
profeta),
como fosse
humano,
dedicado e
amigo,
recebeu dos
homens
o pior
castigo
que já
conheci:
numa cruz
pesada
foi
crucificado,
suas mãos
sangraram,
rasgadas,
feridas,
sua fronte
clara
foi lavada
em sangue,
padeceu
torturas
como nunca
vi..."
- Creste no
que eu disse?
...Respondeu-me
o grilo,
como se
entendesse:
CRI...
CRI... CRI...
"...Mas,
um dia, um belo
dia de
domingo,
Esse homem
puro,
que nenhum
pecado
no mundo
provou,
rompeu as
cadeias
da morte
gelada,
e
ressuscitou...
Seu corpo,
na pedra
do escuro
sepulcro,
ninguém mais
achou...
o nome
bendito
do Ser
soberano
da glória e
da luz
soa como um
hino,
às vezes
humano,
às vezes
divino,
o nome é ...
JESUS...
Esse doce
amigo
que sofreu
assim
padeceu
castigo
e morte por
mim.
Para ser
sincero,
devo
confessar:
Ele foi
ferido
para me
salvar..."
- Bem, já se
faz tarde,
vou dormir,
amigo,
boa-noite,
Grilo...
Mas, ó
companheiro,
tu creste de
fato
no que eu
disse aqui?
...
Respondeu-me o grilo,
como se
entendesse:
CRI, CRI,
CRI, CRI, CRI!!!
A Pedra da Ressurreição - J. T. Parreira
Uma pedra
a tapar
a evidência, apenas uma pedra
bloco uníssono
de silêncio
Feia, indomada
a pedra a fechar a morte
perante a qual
toda a dúvida se acaba
E no entanto nada há
mais simples
do que a pedra, símbolo
do que queda irresolúvel
Uma pedra branca, granito
não mármore, nem
impossível esmeralda
a pedra a tapar a evidência
Pedra desviada pela música
toque de rosa ou
da imensa Mão celeste
Então a pedra abre-se
ao interior da morte
de onde ao sol passou
o Príncipe da Vida.
Afirmação - J. T. Parreira
“Nada, jamais, será capaz de separar-nos do amor de Deus.”
Paulo de Tarso
Nem a fome, nem a espada, nem a morte
O vento que detém o pássaro
Na árvore, o ar severo,
De um céu de nuvens.
Nem as palavras dos dias maus,
O mar com seu coração
Acelerado sobre as terras.
Tão-pouco a tempestade,
Escondendo as cores aos olhos dos homens.
Nada me impedirá de caminhar,
De braço dado contigo,
Ou me separará do bater
Divino do teu peito.
Nem um pequeno rumor de rio sem corrente,
Nem que o sol me ignore ou pese em mim,
Como pedra incandescente.
O Nome - Joanyr de Oliveira
“Porque um menino nos nasceu, um filho se
nos deu; e o principado será sobre os seus ombros; e o seu nome será
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz” (Isaías 9.6).
MARAVILHOSO
Tecendo a
Luz, suas mãos florescem
alvos
sorrisos imperecíveis.
Os funéreos
projetos de Baal
cairão nos
labirintos da noite;
os ídolos
tornarão às cinzas
com suas
fontes de cegueira.
Eis o
Maravilhoso! Pisa
os dragões
do abismo.
O
Maravilhoso renasceu a alegria
nos fundos
soluços do homem.
CONSELHEIRO
Seus lábios
refazem
as harmonias
perfeitas.
Ele
pontifica e salva
dos roteiros
do engano,
das ciladas,
das chamas.
Quem desata
o próprio coração
e lhe colhe
a voz
não
conhecerá os guantes
do
despenhadeiro
nem os
ígneos tridentes da Morte.
DEUS FORTE
Todas as
flechas, os arsenais invisíveis,
as bombas
hodiernas,
os tronos,
as lâminas da ira,
ante o Deus
Forte sucumbirão.
Ele marchou
as vitórias
sobre as
planícies da noite;
ele sustém
as mais velhas estrelas,
e a coluna
maior do Universo.
O exército
do Deus Forte incinera
os píncaros
do mal
e erige os
alicerces do amor
nos rostos
quotidianos.
PAI DA
ETERNIDADE
Antes do
princípio, sempiterno,
além os
marcos incriados,
das fímbrias
do infinito.
Antes dos
anjos primeiros, das águas,
dos caules e
dos ventos.
Antes do sol
inaugural, dos vales,
das larvas,
da geometria dos vôos,
das
navegações, das lendas sufocantes.
Antes dos
sonhos, dos santos.
Antes do
próprio tempo, dos corpos,
da concha
inconsútil das horas,
das
lágrimas, do berço, da morte –
ele era, ele
estava: Pai da Eternidade.
PRÍNCIPE DA
PAZ
Nenhum
principado terreno
ou das
podres legiões noturnas
susterá os
estandartes
sobre o que
suas mãos ergueram.
Um dia tudo
e todos desfalecerão:
a paz
morrerá.
As lanças da
angústia procriam
nos campos
do vento.
É mister que
o Príncipe da Paz
estenda a
sua augusta presença
no coração
do homem.
Só à glória
do Príncipe da Paz
o mundo
jamais sufocará.
A Hora de Deus - Joanyr de Oliveira
Estará sempre o homem
longe da hora de Deus?
O Céu dispensa calendários
e ponteiros, a colher o infinito.
O homem se perde a cada instante
na imensidão do tempo.
A hora do homem se cansa
entre luzes e noites.
A hora de Deus flutua,
intocada, acima de todas as galáxias.
Se acaso me aflijo ou me aproximo
dos impérios da morte,
Deus acaricia o tremor do meu rosto
com a mais doce palavra.
Assim, me ergue e me restaura.
Canções de vida me visitam.
A hora de Deus não conhece
as amarras do tempo:
traz firmíssimo fulgor
a quantos se estendem
em seus ombros eternos.
A hora do homem: instável e escura.
Sempre e sempre um perigo.
Ensina-me, ó Deus, a acertar
os rumos de meus passos
pelo esplendor de Tua hora.
Fica, Senhor, comigo! - Gióia Júnior
Fica, Senhor, comigo; a noite é vasta e fria.
Segura a minha mão, até que chegue o dia.
Em Tua companhia é claro o meu caminho
e eu não quero ficar para sempre sozinho.
Não fosse o Teu cuidado, e eu, por certo, estaria
abatido e infeliz, numa senda de espinho.
Fica, Senhor, comigo; o coração da gente
é fraco e pequenino e bate fortemente
ao ruído menor dos prenúncios fatais,
de procelas cruéis e rudes temporais...
Dá que eu possa sentir, Senhor, eternamente,
amparando meu ser, Teus braços paternais.
Fica, Senhor, comigo; a mocidade passa
como a leve espiral escura de fumaça
e a solidão do velho é triste e sem alento
e plena de incerteza e mau pressentimento.
A Teu lado eu terei consolo na desgraça,
conforto na miséria e paz no sofrimento.
Fica, Senhor, comigo; os meus olhos sem luz
querem também Te ver na Estrada de Emaús
da minha vida, pois só Tu és meu abrigo,
meu amigo melhor, meu verdadeiro amigo.
Por isso é que Te peço, ó bendito Jesus,
eu não quero estar só. Fica, Senhor, comigo!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Os pés de Cristo - Gióia Júnior
Eram uns pés pequeninos,
róseos, alegres, divinos,
a saltitar de alegria;
aqueles pés de criança
que, no dia da esperança,
brincavam na estribaria.
Eram pés alvos e graves,
plúmeos, leves como as aves
que andam perdidas pelo ar;
aqueles pés delicados,
lisos, brilhantes, molhados,
pisando as ondas do mar.
Pés, cuja pele morena
o pranto de Madalena
aromou em mil desvelos,
e que, depois de minutos,
foram beijados e enxutos
pelos seus longos cabelos...
Eram pés lentos, cansados,
feridos e machucados
e lacerados de espinhos,
aqueles pés expressivos,
sempre em marcha, sempre vivos,
a conquistar os caminhos.
Eram pés magros e frios,
lilases, mortos, sombrios,
sujos de sangue e pus;
aqueles pés gotejantes
que, nos últimos instantes,
foram pregados na cruz.
Eram pés claros, gloriosos,
aqueles pés poderosos
rompendo da morte o véu,
por nuvens acariciados
e por estrelas beijados,
quando ELE subiu ao céu!
terça-feira, 22 de maio de 2012
Oração da maçaneta - Gióia Júnior
"Não há mais bela música
Que o ruído da maçaneta da porta
Quando meu filho volta para casa.
Volta da rua, da vasta noite,
Da madrugada de estranhas vozes,
E o ruído da maçaneta,
E o gemer do trinco,
O bater da porta que novamente se fecha,
O tilintar inconfundível do molho de chaves,
São um doce acalanto,
Uma suave cantiga de ninar.
Volta da rua, da vasta noite,
Da madrugada de estranhas vozes,
E o ruído da maçaneta,
E o gemer do trinco,
O bater da porta que novamente se fecha,
O tilintar inconfundível do molho de chaves,
São um doce acalanto,
Uma suave cantiga de ninar.
Só assim fecho os olhos,
Posso afinal dormir e descansar.
Oh! A longa espera,
A negra ausência,
As histórias de acidentes e assaltos
Que só a noite como ninguém sabe contar!
Oh! os presságios e os pesadelos,
O eco dos passos nas calçadas,
A voz dos bêbados na rua
E o longo apito do guarda,
Medindo a madrugada,
E os cães uivando na distância,
E o grito lancinante da ambulância!
Posso afinal dormir e descansar.
Oh! A longa espera,
A negra ausência,
As histórias de acidentes e assaltos
Que só a noite como ninguém sabe contar!
Oh! os presságios e os pesadelos,
O eco dos passos nas calçadas,
A voz dos bêbados na rua
E o longo apito do guarda,
Medindo a madrugada,
E os cães uivando na distância,
E o grito lancinante da ambulância!
E o coração descompassado a pressentir
E a martelar
Na arritmia do relógio do meu quarto
Esquadrinhando a noite e seus mistérios.
Nisso, na sala que se cala, estala
A gargalhada jovem
Da maçaneta que canta
A festiva cantiga do retorno.
E sua voz engole a noite imensa,
Com todos os ruídos secundários.
-Oh! Os címbalos do trinco
E os clarins da porta que se escancara,
E os guizos das muitas chaves que se abraçam,
E o festival dos passos que ganham a escada!
Nem as vozes da orquestra
E o tilintar de copos,
E a mansa canção da chuva no telhado
Podem sequer se comparar
Ao som da maçaneta que sorri,
Quando meu filho volta.
Que ele retorne sempre são e salvo,
Marinheiro depois da tempestade,
A sorrir e a cantar.
E que na porta a maçaneta cante
A festiva canção do seu retorno
Que soa para mim
Como suave cantiga de ninar.
Só assim, só assim meu coração se aquieta,
Posso afinal dormir e descansar"
Na arritmia do relógio do meu quarto
Esquadrinhando a noite e seus mistérios.
Nisso, na sala que se cala, estala
A gargalhada jovem
Da maçaneta que canta
A festiva cantiga do retorno.
E sua voz engole a noite imensa,
Com todos os ruídos secundários.
-Oh! Os címbalos do trinco
E os clarins da porta que se escancara,
E os guizos das muitas chaves que se abraçam,
E o festival dos passos que ganham a escada!
Nem as vozes da orquestra
E o tilintar de copos,
E a mansa canção da chuva no telhado
Podem sequer se comparar
Ao som da maçaneta que sorri,
Quando meu filho volta.
Que ele retorne sempre são e salvo,
Marinheiro depois da tempestade,
A sorrir e a cantar.
E que na porta a maçaneta cante
A festiva canção do seu retorno
Que soa para mim
Como suave cantiga de ninar.
Só assim, só assim meu coração se aquieta,
Posso afinal dormir e descansar"
sábado, 19 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Reflexão: O que o Brasil precisa...
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segunda-feira, 14 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
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