IMAGINE SEIS HOMENS ANDANDO por uma estrada estreita. O
amanhecer dourado explode por trás deles, projetando sombras longas à frente. O
frio da manhã exige roupas mais grossas. A grama brilha com diamantes de
orvalho.
O rosto dos homens demonstra avidez, mas eles são comuns.
Seu líder é confiante, mas desconhecido. Eles o chamam de Rabi; sua aparência
está mais para a de um trabalhador braçal. E isso está correto, pois passou
mais tempo trabalhando de que ensinando. Nesta semana, porém, seu ensino teve
início.
Aonde vão? Ao templo, para adorar? À sinagoga, para ensinar?
Às colinas, para orar? Não lhes foi dito...
Talvez tenha sido André a perguntar. Quem sabe Pedro. Pode
ser que todos tenham abordado Jesus. Mas aposto que, em algum ponto da jornada,
os discípulos tenham expressado suas pressuposições.
- Então, Rabi, onde o senhor está nos levando? Ao deserto?
-Não – opina outro. -
Ele está nos levando ao templo.
- Ao templo? – Desafia um terceiro. – Estamos a caminho da
terra dos gentios!
Então um coro de confusão irrompe e só termina quando Jesus
ergue a mão e diz calmamente: - Vamos a um casamento.
Silêncio. João e André olham um para o outro.
- Um casamento? – Dizem. – João Batista nunca foi a um
casamento. Porque há bebida, riso, dança...
“POR QUE IRÍAMOS A UM CASAMENTO?”
Boa pergunta. Por que Jesus levaria seus discípulos a uma
festa, logo em sua primeira jornada? Ele não tinha princípios a ensinar? Seu
tempo não era limitado? Como um casamento se encaixaria em seus propósitos aqui
na terra?
Por que
Jesus foi a um casamento?
A resposta? Ela é encontrada no segundo versículo de João 2: “Jesus e seus discípulos também haviam
sido convidados para o casamento”.
Jesus não foi convidado por ser uma celebridade. Ele ainda
não era. O convite não foi motivado pelos milagres. Ele ainda não realizara
nenhum. Por que o convidaram? Acho que gostavam dele.
Você acha isso importante? Bom, eu acho que sim. Acho
significativo o fato de que pessoas comuns de uma cidade pequena gostassem de
estar com Jesus. Acho que é digno de nota perceber que o Todo-poderoso não agia
com presunção...
Nada indica que Ele tenha usado seu status celestial para seu benefício. É simplesmente impossível
achar que as pessoas próximas a Ele ficaram cansadas de sua altivez e o
questionaram: “Bem, quem lhe disse que você é Deus?”.
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