sábado, 3 de março de 2012

Um Casamento em Caná - Max Lucado


IMAGINE SEIS HOMENS ANDANDO por uma estrada estreita. O amanhecer dourado explode por trás deles, projetando sombras longas à frente. O frio da manhã exige roupas mais grossas. A grama brilha com diamantes de orvalho.

O rosto dos homens demonstra avidez, mas eles são comuns. Seu líder é confiante, mas desconhecido. Eles o chamam de Rabi; sua aparência está mais para a de um trabalhador braçal. E isso está correto, pois passou mais tempo trabalhando de que ensinando. Nesta semana, porém, seu ensino teve início.

Aonde vão? Ao templo, para adorar? À sinagoga, para ensinar? Às colinas, para orar? Não lhes foi dito...
Talvez tenha sido André a perguntar. Quem sabe Pedro. Pode ser que todos tenham abordado Jesus. Mas aposto que, em algum ponto da jornada, os discípulos tenham expressado suas pressuposições.

- Então, Rabi, onde o senhor está nos levando? Ao deserto?
 -Não – opina outro. - Ele está nos levando ao templo.
- Ao templo? – Desafia um terceiro. – Estamos a caminho da terra dos gentios!

Então um coro de confusão irrompe e só termina quando Jesus ergue a mão e diz calmamente: - Vamos a um casamento.

Silêncio. João e André olham um para o outro.
- Um casamento? – Dizem. – João Batista nunca foi a um casamento. Porque há bebida, riso, dança...

“POR QUE IRÍAMOS A UM CASAMENTO?”
Boa pergunta. Por que Jesus levaria seus discípulos a uma festa, logo em sua primeira jornada? Ele não tinha princípios a ensinar? Seu tempo não era limitado? Como um casamento se encaixaria em seus propósitos aqui na terra?

Por que Jesus foi a um casamento?

A resposta? Ela é encontrada no segundo versículo de João 2: “Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento”.
Jesus não foi convidado por ser uma celebridade. Ele ainda não era. O convite não foi motivado pelos milagres. Ele ainda não realizara nenhum. Por que o convidaram? Acho que gostavam dele.
Você acha isso importante? Bom, eu acho que sim. Acho significativo o fato de que pessoas comuns de uma cidade pequena gostassem de estar com Jesus. Acho que é digno de nota perceber que o Todo-poderoso não agia com presunção...

Nada indica que Ele tenha usado seu status celestial para seu benefício. É simplesmente impossível achar que as pessoas próximas a Ele ficaram cansadas de sua altivez e o questionaram: “Bem, quem lhe disse que você é Deus?”.
Sua fé fez dele uma pessoa amável.



Lucado, Max
Seu Nome é Jesus/ Max Lucado; (traduzido por Emirson Justino) 
São Paulo: Mundo Cristão, 2010

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