O dia 31 de Maio de 2015 foi o Domingo
da Igreja Perseguida. Um dia de reflexão e oração por uma parte da igreja de
Jesus Cristo. Àquela que diferentemente de nós aqui no Brasil, sofre tremenda
perseguição. Mas porque há no mundo um número tão grande de cristãos, sofrendo
perseguição? A razão é a sua fé. O verdadeiro cristão é aquele que crê em
Jesus Cristo como Seu Senhor e Salvador. Mais do que isso, é aquele que busca a
cada dia praticar as mesmas obras que o seu Mestre. Viver a vida de Deus, ou, praticar
as obras que Jesus praticou, é andar na contramão do mundo, lutar contra o mal,
promover o bem, através da pregação do Evangelho de Salvação. Sendo assim, não
é difícil entender porque verdadeiros cristãos estão sempre correndo o risco de
sofrer algum tipo de perseguição. Naturalmente não é “algum tipo” de
perseguição, que tem causado tanto sofrimento aos servos de Deus.
A perseguição sempre fez parte da
história da igreja, desde a sua fundação na cruz do calvário, mais precisamente
após a descida do Espírito Santo, (Atos 2) quando os apóstolos cheios do poder
de Deus, ousaram “pregar a libertação aos cativos” assim como
Jesus, durante os seus poucos anos de ministério. A perseguição ganhou
formas distintas ao longo dos séculos, mas a verdade é ela começou, mas nunca
acabou. Os primeiros a perseguirem a igreja, foram os judaizantes (judeus,
ditos cristãos, que ensinavam a necessidade da observância da Lei como
requisito para a salvação), em seguida, os romanos. Mesmo quando a “igreja”
recebeu total apoio de Roma, ou seja, quando foi “romanizada”, a perseguição
ainda estava lá. Como isso é possível afinal, já que o cristianismo se
tornara religião oficial do império Romano? Só poderemos entender tal
afirmação, se tivermos em mente que o que havia naquela época, era a igreja
dentro da “igreja” (o que não é diferente em nossos dias).
A igreja dentro da “igreja”,
nunca deixou de se espelhar em Seu Fundador - Jesus, o Cristo, o Filho
do Deus vivo (Mateus 16.16). Era a verdadeira igreja,
vivendo num contexto tão contraditório! Se, nesse momento já não havia perseguição
explícita ao cristão propriamente dito, havia, sem dúvida, uma perseguição
velada, contra os princípios de Cristo. Promovida como sempre, pelo nosso
arqui-inimigo – Satanás, ela não tinha “cara” de perseguição, porque visava
enganar, confundir.
Mas não conseguiu enganar nem confundir
o povo de Deus, o corpo de Cristo. De maneira, que o Senhor sempre pôde contar
com um remanescente fiel, em todas as épocas da história da
igreja. Não foram poucos os que se negaram a viver segundo os ditames da “igreja
romana”. Estes, como (por exemplo) João Huss, Jerônimo Savonarola, se
mantiveram fiéis às Escrituras até “as vésperas” da Reforma Protestante (1517 -
Martinho Lutero). Sabemos que independente da época, os verdadeiros servos de
Deus, sempre causaram desconforto àqueles que não buscavam uma vida reta e
digna diante do Senhor.
No período histórico conhecido como
Guerra Fria - final da Segunda Guerra Mundial (1945, 46) até a queda do muro de
Berlim (1989) ou, da queda da União Soviética (1991), a situação não foi
diferente e o povo de Deus amargou as dores da perseguição. A conhecida
expressão do primeiro ministro britânico Winston Churchill “cortina de
ferro”, define muito bem a divisão política e econômica entre a
União Soviética (com os países aliados, simpáticos à sua ideologia), e, porque
não dizer, o “resto do mundo”. Mas, sobretudo, a divisão religiosa, pois é
sabido que o “regime comunista” nunca “tolerou” a fé cristã.
Os cristãos que viviam nos países
comunistas suportaram a perseguição em seus vários níveis: ataques, boicotes,
prisões, torturas e morte. O testemunho de homens como: Haralan Popov;
Ivan (soldado cristão soviético); Richard Wumbrand; entre outros, pode nos dar
uma ideia do que era servir a Cristo nesse regime. Apesar da dor e sofrimento,
a igreja permaneceu viva, gloriosa, sem mácula, nem ruga (Efésios
5.27).
A história da Missão Portas Abertas
está intimamente ligada a esse contexto histórico, pois foi em 1955 que o irmão
André, fundador da Missão, (...) a partir de um chamado de Deus em seu
coração, seguido das palavras de Apocalipse 3.2: “Esteja atento! Fortaleça o
que resta e que estava para morrer” (Portas Abertas) começou a levar
bíblias para dentro da “cortina de ferro”. Foi com a Palavra de Deus que ele
animou a fé de nossos irmãos em Cristo. O irmão André tem seu testemunho
registrado no livro “O contrabandista de Deus”. Livro que ganhou
esse nome porque a entrada da Bíblia Sagrada nesses países era proibida.
Atualmente a perseguição religiosa se
dá principalmente no “mundo muçulmano”. O mundo muçulmano é composto por países
onde a fé islâmica é imposta de forma direta ou indireta. “Na lista dos
50 países onde os cristãos são mais perseguidos por sua fé, 40 deles fazem
parte do mundo muçulmano” (Portas Abertas). Não estamos
aqui generalizando, de fato não podemos afirmar que todos os muçulmanos são
também perseguidores da igreja, visto que “Uma minoria de muçulmanos
acredita que a forma de garantir a sobrevivência do islã em seu estado puro é a
violência e o extremismo contra os cristãos e outros grupos que não
seguem o radicalismo islâmico” (Portas Abertas). Ainda assim, o mundo
muçulmano representa 80% da perseguição sofrida por cristãos no mundo todo.
Frequentemente nos perguntamos: O que
devemos fazer para ajudar os irmãos perseguidos, ou, qual deve ser nossa
atitude em relação aos muçulmanos? A resposta é: ORAR. Orar pela igreja
perseguida e orar pelos muçulmanos que a perseguem. Jamais poderemos esquecer
que todas as pessoas do mundo, são alvo do AMOR de Deus. Sendo assim, devemos
orar para que “todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da
verdade”, porque essa é a vontade de Deus (I Timóteo 2.4).
Para nos lembrar de que há muitos
cristãos vivendo em países onde não há liberdade religiosa, a Missão Portas
Abertas, criou o DIP – Domingo da Igreja Perseguida. Nesse
dia, cristãos livres do “mundo todo” oram a Deus por seus irmãos perseguidos. A
Igreja Assembleia de Deus em Parque Erasmo Assunção – Ministério de Santo
André, foi uma dessas igrejas. No dia 31 de Maio de 2015, tivemos a honra
de nos reunir em oração pelos nossos irmãos perseguidos. Com o total apoio de
nosso pastor Francisco Araújo e sob a orientação do nosso líder de missões,
presbítero Isaías Francisco, programamos um culto, não apenas de oração, mas de
conscientização sobre a perseguição religiosa. Seguimos o tema escolhido
pelo DIP “Servindo cristãos perseguidos no mundo muçulmano”.
A direção do culto ficou sob a
responsabilidade do presbítero Antonio Alberto que nos orientou sobre a
realidade de nossos irmãos e a necessidade de um maior envolvimento de nossa
parte com a causa da igreja perseguida. Todos os louvores (crianças, jovens,
círculo de oração, varões e conjunto) foram escolhidos de maneira a contemplar
o propósito do culto. As pré-adolescentes apresentaram um jogral
emocionante! Separamos um momento especial para a oração. Dividimos a
nossa congregação em oito grupos de oração. Cada um dos que chamamos
“embaixadores de missões”, bem como nosso querido pastor ficou responsável por
dirigir e motivar a oração em um grupo. Todos os grupos receberam fotos de
pessoas dos países por quem iriam interceder. Do púlpito, o nosso líder, presbítero
Isaías concluiu a oração.
A Palavra foi ministrada pela
missionária Talita – Missões Kairós, que serviu ao Senhor por mais de três anos
no Senegal. Além da mensagem baseada no livro do profeta Jonas, ela nos trouxe
seu testemunho pessoal, nos contou sobre sua chamada para missões e a
experiência que teve com o povo muçulmano. Nosso pastor finalizou o culto com
um alerta sobre nossa chamada pessoal e a responsabilidade que temos diante de
Deus. Glória a Deus por tudo que conseguimos fazer! Se o Senhor permitir, em
Nome de Jesus faremos um trabalho ainda melhor no ano que vem!
Presbítero Isaías Francisco (Líder) |
Pastor Francisco Araújo |
Círculo de Oração |
Irmãos e irmãs |
Crianças, jovens, círculo de oração e demais irmãos no momento da oração Pré-adolescentes no último ensaio |
Pré-adolescentes |
Crianças |
Irmãs Marilza, Fran e Crianças |
Músicos: Jônatas Correia e Leonardo |
Missionária Talita - preletora |
Irmãs Lucineide, Sara, Aurora Dolores |
Presbítero Isaías e sua esposa Eva |
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