domingo, 7 de junho de 2015

DIP - Assembleia de Deus em Parque Erasmo Assunção

O dia 31 de Maio de 2015 foi o Domingo da Igreja Perseguida. Um dia de reflexão e oração por uma parte da igreja de Jesus Cristo. Àquela que diferentemente de nós aqui no Brasil, sofre tremenda perseguição. Mas porque há no mundo um número tão grande de cristãos, sofrendo perseguição? A razão é a sua fé. O verdadeiro cristão é aquele que crê em Jesus Cristo como Seu Senhor e Salvador. Mais do que isso, é aquele que busca a cada dia praticar as mesmas obras que o seu Mestre. Viver a vida de Deus, ou, praticar as obras que Jesus praticou, é andar na contramão do mundo, lutar contra o mal, promover o bem, através da pregação do Evangelho de Salvação. Sendo assim, não é difícil entender porque verdadeiros cristãos estão sempre correndo o risco de sofrer algum tipo de perseguição. Naturalmente não é “algum tipo” de perseguição,  que tem causado tanto sofrimento aos servos de Deus.

A perseguição sempre fez parte da história da igreja, desde a sua fundação na cruz do calvário, mais precisamente após a descida do Espírito Santo, (Atos 2) quando os apóstolos cheios do poder de Deus, ousaram “pregar a libertação aos cativos” assim como Jesus, durante os seus poucos anos de ministério. A perseguição ganhou formas distintas ao longo dos séculos, mas a verdade é ela começou, mas nunca acabou. Os primeiros a perseguirem a igreja, foram os judaizantes (judeus, ditos cristãos, que ensinavam a necessidade da observância da Lei como requisito para a salvação), em seguida, os romanos. Mesmo quando a “igreja” recebeu total apoio de Roma, ou seja, quando foi “romanizada”, a perseguição ainda estava lá. Como isso é possível afinal, já que o cristianismo se tornara  religião oficial do império Romano? Só poderemos entender tal afirmação, se tivermos em mente que o que havia naquela época, era a igreja dentro da “igreja” (o que não é diferente em nossos dias).

 A igreja dentro da “igreja”, nunca deixou de se espelhar em Seu Fundador - Jesus, o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mateus 16.16)Era a verdadeira igreja, vivendo num contexto tão contraditório! Se, nesse momento já não havia perseguição explícita ao cristão propriamente dito, havia, sem dúvida, uma perseguição velada, contra os princípios de Cristo. Promovida como sempre, pelo nosso arqui-inimigo – Satanás, ela não tinha “cara” de perseguição, porque visava enganar, confundir.

Mas não conseguiu enganar nem confundir o povo de Deus, o corpo de Cristo. De maneira, que o Senhor sempre pôde contar com um remanescente fiel, em todas as épocas da história da igreja. Não foram poucos os que se negaram a viver segundo os ditames da “igreja romana”. Estes, como (por exemplo) João Huss, Jerônimo Savonarola, se mantiveram fiéis às Escrituras até “as vésperas” da Reforma Protestante (1517 - Martinho Lutero). Sabemos que independente da época, os verdadeiros servos de Deus, sempre causaram desconforto àqueles que não buscavam uma vida reta e digna diante do Senhor.

No período histórico conhecido como Guerra Fria - final da Segunda Guerra Mundial (1945, 46) até a queda do muro de Berlim (1989) ou, da queda da União Soviética (1991), a situação não foi diferente e o povo de Deus amargou as dores da perseguição. A conhecida expressão do primeiro ministro britânico Winston Churchill “cortina de ferro”, define muito bem a divisão política e econômica entre a União Soviética (com os países aliados, simpáticos à sua ideologia), e, porque não dizer, o “resto do mundo”. Mas, sobretudo, a divisão religiosa, pois é sabido que o “regime comunista” nunca “tolerou” a fé cristã.

Os cristãos que viviam nos países comunistas suportaram a perseguição em seus vários níveis: ataques, boicotes, prisões, torturas e morte. O testemunho de homens como: Haralan Popov; Ivan (soldado cristão soviético); Richard Wumbrand; entre outros, pode nos dar uma ideia do que era servir a Cristo nesse regime. Apesar da dor e sofrimento, a igreja permaneceu viva, gloriosa, sem mácula, nem ruga (Efésios 5.27).

A história da Missão Portas Abertas está intimamente ligada a esse contexto histórico, pois foi em 1955 que o irmão André, fundador da Missão, (...) a partir de um chamado de Deus em seu coração, seguido das palavras de Apocalipse 3.2: “Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer” (Portas Abertas) começou a levar bíblias para dentro da “cortina de ferro”. Foi com a Palavra de Deus que ele animou a fé de nossos irmãos em Cristo. O irmão André tem seu testemunho registrado no livro “O contrabandista de Deus”. Livro que ganhou esse nome porque a entrada da Bíblia Sagrada nesses países era proibida.

Atualmente a perseguição religiosa se dá principalmente no “mundo muçulmano”. O mundo muçulmano é composto por países onde a fé islâmica é imposta de forma direta ou indireta. “Na lista dos 50 países onde os cristãos são mais perseguidos por sua fé, 40 deles fazem parte do mundo muçulmano” (Portas Abertas). Não estamos aqui generalizando, de fato não podemos afirmar que todos os muçulmanos são também perseguidores da igreja, visto que “Uma minoria de muçulmanos acredita que a forma de garantir a sobrevivência do islã em seu estado puro é a violência e o extremismo contra os cristãos e outros grupos que não seguem o radicalismo islâmico” (Portas Abertas). Ainda assim, o mundo muçulmano representa 80% da perseguição sofrida por cristãos no mundo todo.

Frequentemente nos perguntamos: O que devemos fazer para ajudar os irmãos perseguidos, ou, qual deve ser nossa atitude em relação aos muçulmanos? A resposta é: ORAR. Orar pela igreja perseguida e orar pelos muçulmanos que a perseguem. Jamais poderemos esquecer que todas as pessoas do mundo, são alvo do AMOR de Deus. Sendo assim, devemos orar para que “todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”, porque essa é a vontade de Deus (I Timóteo 2.4).  

Para nos lembrar de que há muitos cristãos vivendo em países onde não há liberdade religiosa, a Missão Portas Abertas, criou o DIP – Domingo da Igreja Perseguida. Nesse dia, cristãos livres do “mundo todo” oram a Deus por seus irmãos perseguidos. A Igreja Assembleia de Deus em Parque Erasmo Assunção – Ministério de Santo André, foi uma dessas igrejas. No dia 31 de Maio de 2015, tivemos a honra de nos reunir em oração pelos nossos irmãos perseguidos. Com o total apoio de nosso pastor Francisco Araújo e sob a orientação do nosso líder de missões, presbítero Isaías Francisco, programamos um culto, não apenas de oração, mas de conscientização sobre a perseguição religiosa. Seguimos o tema escolhido pelo DIP “Servindo cristãos perseguidos no mundo muçulmano”. 

A direção do culto ficou sob a responsabilidade do presbítero Antonio Alberto que nos orientou sobre a realidade de nossos irmãos e a necessidade de um maior envolvimento de nossa parte com a causa da igreja perseguida. Todos os louvores (crianças, jovens, círculo de oração, varões e conjunto) foram escolhidos de maneira a contemplar o propósito do culto. As pré-adolescentes apresentaram um jogral emocionante! Separamos um momento especial para a oração. Dividimos a nossa congregação em oito grupos de oração. Cada um dos que chamamos “embaixadores de missões”, bem como nosso querido pastor ficou responsável por dirigir e motivar a oração em um grupo. Todos os grupos receberam fotos de pessoas dos países por quem iriam interceder. Do púlpito, o nosso líder, presbítero Isaías concluiu a oração. 

A Palavra foi ministrada pela missionária Talita – Missões Kairós, que serviu ao Senhor por mais de três anos no Senegal. Além da mensagem baseada no livro do profeta Jonas, ela nos trouxe seu testemunho pessoal, nos contou sobre sua chamada para missões e a experiência que teve com o povo muçulmano. Nosso pastor finalizou o culto com um alerta sobre nossa chamada pessoal e a responsabilidade que temos diante de Deus. Glória a Deus por tudo que conseguimos fazer! Se o Senhor permitir, em Nome de Jesus faremos um trabalho ainda melhor no ano que vem!


                                                                                     
                  Presbítero Isaías Francisco (Líder)
Pastor Francisco Araújo
Presbítero Antonio Alberto
Círculo de Oração
Irmãos e irmãs
Crianças, jovens, círculo de oração e demais irmãos no momento da oração

Pré-adolescentes no último ensaio
Pré-adolescentes
Crianças
Irmãs Marilza, Fran e Crianças
Músicos: Jônatas Correia e Leonardo 
Missionária Talita - preletora
Irmãs Lucineide, Sara, Aurora Dolores
Presbítero Isaías e sua esposa Eva















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