O crente em geral, mas especialmente
aquele que se preocupa em estudar a bíblia, aprende logo que Deus abomina a
idolatria. Porém, até mesmo entre os crentes, e principalmente entre a maioria
dos católicos sinceros, muitos não sabem exatamente o que é idolatria.
Este texto, extraído do livro
HERESIOLOGIA – Lição 4 – da FATESA (Faculdade de Teologia de Santo André), tem
por objetivo discutir o assunto. Não temos a pretensão de induzir ninguém a
mudar de religião, mas apenas estabelecer a verdade, com base nos textos
bíblicos, pois o próprio Jesus nos disse, no Evangelho de João 8.32: "Conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará..." Alguns podem dizer: mas
de que eu preciso ser liberto? A resposta é que a verdade libertará você “da
ira futura de Deus, contra os filhos da desobediência” (Colossenses
3.6).
O vocábulo “idolatria” tem origem no
grego, onde “eidolon” é ídolo e “latreuein” é adorar. Assim, em sentido
estrito, idolatria significa adoração a ídolos ou imagens. No entanto, em
sentido lato, pode significar qualquer coisa que venha ocupar o lugar de Deus
em nossos corações ou em nossas vidas. É neste sentido que o apóstolo João,
escrevendo à igreja que já tinha mais de sessenta anos de vivência cristã,
afirmou: ..."Filhinhos, guardai-vos dos
ídolos. Amém !” (I Epístola de João 5.21).
O apóstolo João não está aqui se
referindo à adoração de imagens, mas, a qualquer coisa, incluindo pessoas, que
pudessem vir a ocupar o lugar de Deus nos corações dos Filhos de Deus.
Do ponto de vista bíblico ou
doutrinário a idolatria não é apenas uma heresia, mas, talvez, a mais
detestável de todas elas. Ao formar a nação de Israel, Deus teve o cuidado de
incluir a sua proibição na Lei de Moisés, declarando-a com todas as
letras: “ Não terás outros deuses diante de
mim”. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em
cima nos céus, nem embaixo da terra, nem nas águas debaixo da terra; não as
adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso,
que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração
daqueles que me aborrecem” (Êxodo 20.3 a
5).
O que a Bíblia diz sobre a idolatria
1. Diz que ela é abominável ao
Senhor... Abominar é detestar, repelir com horror, aborrecer, odiar.
“As imagens de escultura de seus deuses
queimarás a fogo; a prata e o ouro que estão sobre elas não cobiçarás, nem os
tomarás para ti, para que não te enlaces neles; pois abominação são ao Senhor,
teu Deus"(Deuteronômio 7.25).
2. Diz que ela aborrece ao Senhor ...
“Nem levantarás estátua, a qual o
Senhor, teu Deus, aborrece” (Deuteronômio
16.22).
3. Diz que ela é coisa vã e tola...
“Têm boca, mas não falam; têm olhos mas
não vêem; tem ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram. Têm mãos mas
não apalpam; têm pés, mas não andam, nem som algum sai da sua garganta” (Salmos 115.5 a 7).
4. Diz que ela é inútil, ou seja, não
tem nenhum valor...
“A quem me fareis semelhante, e com
quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes ? Gastam o
ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças; assalariam os ourives, e ele faz um
deus, e diante se prostram e se inclinam. Sobre os ombros o tomam, o levam e o
põem no seu lugar; ali está, do seu lugar não se move; e, se recorrerem a ele,
resposta nenhuma dá, nem livra ninguém da sua tribulação” (Isaías 46.5 a 7).
5. Diz que ela nãoa tem nenhum sentido,
ou seja, é irracional...
“Sendo nós, pois, geração de Deus, não
havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à
pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens” (Atos 17.29).
“ E mudaram a glória de Deus
incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de
quadrúpedes, e de répteis” (Romanos 1.23).
6. Diz que ela é contaminadora...
“Então lhes disse: Cada um lance de si
as abominações dos seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; eu
sou o Senhor, vosso Deus” (Ezequiel 20.7).
“Derramei pois, o meu furor sobre eles,
por causa do sangue que derramaram sobre a terra e dos seus ídolos com que a
contaminaram” (Ezequiel 36.18).
O que a Bíblia diz sobre os ídolos
Dentre outras coisas, ela diz que:
1. São deuses estranhos...
“ Então disse Jacó à sua família e a
todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós,
e purificai-vos, e mudai as vossas vestes” (Gênesis
35.2).
2. São deuses de fundição...
“ Não farás para ti deuses de fundição”
(Êxodo 34.17).
3. São como nada...
“ Assim que, quanto a comer das coisas
sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo e que não há outro
Deus, senão um só” (I Coríntios 8.4).
Sobre a idolatria no Novo Testamento
Qualquer organização religiosa que
tiver vínculo com a idolatria, à luz do Novo Testamento, certamente também será
considerada uma seita herética. Pode-se perceber que, na igreja primitiva,
idolatria era coisa abominável. O Senhor Jesus afirmou (em Mateus 4.10):
“Então, disse-lhe Jesus: Vai-te
Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele
servirás”.
Jesus também deixou claro que a
verdadeira adoração não necessita da imagem visual, quando no evangelho de João
4.23 e 24, afirmou: “Mas a hora vem, e
agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em
verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e
importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.
Também o apóstolo Paulo listou a
idolatria como obra da carne e no mesmo grau de perniciosidade que a
feitiçaria, quando registrou em sua Epístola aos Gálatas 5.19 e 20:
“Porque as obras da carne são
manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria,
feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões,
heresias”.
O mesmo Paulo deixou claro que os
idólatras não herderão o Reino de Deus, em
I Coríntios 6.10: “ Não erreis, nem os
devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os
sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus”.
O apóstolo João, no livro de Apocalipse
21.8, foi ainda mais contundente ao afirmar que o destino dos idólatras
será o lago de fogo:
“Mas, quando aos tímidos, e aos
incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros,
e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com
fogo e enxofre, que é a segunda morte”.
Em toda a Bíblia, todo e qualquer tipo
de idolatria é radicalmente rejeitado e condenado. Deus proibiu ao seu povo a
confecção e o culto às imagens ou estátuas, visto que os povos pagãos atribuíam
a esses artefatos de barro, de madeira, ou outro material corruptível, um
caráter religioso. Acreditavam que a divindade se fazia presente por meio dessa
prática.
Como já se viu, no Velho Testamento, o
nosso Deus, Todo Poderoso, ensinou ao seu povo a não cultuar imagens de
qualquer natureza. No Novo Testamento não deixou por menos. Assim, por tudo que
até aqui foi visto, pode-se resumir o assunto, numa única verdade, aquela que
está registrada no livro de Êxodo 20.3: “Não terás outros deuses diante
de mim”.
Quando se tenta esclarecer ou falar
desse assunto, com o católico sincero, a maioria afirma que nunca havia ouvido
falar disso e alguns, mais praticantes ou esclarecidos na doutrina católica,
refutam dizendo que as imagens não são deuses ! Que elas não são adoradas, são,
apenas, veneradas.
Será que existe diferença entre
veneração e adoração?
A diferença entre essas duas palavras é
uma pergunta difícil de responder. Os lexicógrafos não fazem diferença. No
dicionário Aurélio adorar e venerar são palavras sinônimas. Veneração tem o
sentido de render culto. Para o dicionário Houaiss, da mesma forma, adorar é
sinônimo de venerar. Lá diz que veneração é respeito inspirado pela dignidade,
talento, poder. Mas é também, render culto, adorar.
Na verdade, quando alguém inventa uma
mentira, fatalmente terá de inventar outras para dar sustentação à mentira
inicial. Assim, quer os dirigentes da Igreja Católica Romana (ICR) queiram ou
não admitir, a expressão venerar foi tomada emprestada da cultura religiosa
pagã, ou melhor, da idolatria. O termo venerar tem sua origem na expressão
grega “venerem”, cujo sentido é “honrar a Vênus”. Honra essa que depois foi
aplicada a outros deuses da mitologia grega, na qual a ICR se inspirou para a
criação dos seus “deuses”, que ela chamou de “santos”. Não é demais acrescentar
que Vênus, para os romanos, era a mesma Afrodite para os gregos. Era a “deusa”
do amor, da beleza, dos prazeres, especialmente sexuais. De Vênus originou-se o
nome do preservativo conhecido como “camisinha de vênus” e, de Afrodite surgiu
a expressão “afrodisíaco” dada aos produtos que supostamente são considerados
tonificantes da atividade sexual.
A explicação da Igreja Católica Romana
É claro que 90% dos católicos não
sabem, mas para tentar explicar a diferença entre veneração e adoração, a sua
igreja aumentou ainda mais a confusão, fazendo uso de três outro termos: DULIA,
HIPERDULIA e LATRIA.
DULIA: Segundo a ICR, pratica-se a
latria quando a veneração é dirigida aos anjos e aos santos, ou seja, aos
servos de Deus. A palavra originou-se da expressão grega “douléia”, cujo
sentido é servidão, submissão. Mesmo assim, a ICR afirma que quem se prostra
diante de um ídolo, faz pedido e reza em seu nome, não está adorando, mas sim,
venerando.
HIPERDULIA: Segundo a ICR é quando a
veneração é feita aos pés da Virgem Maria. Hiperdulia, ao que parece, está
acima da dulia. Mesmo que, de joelhos, ela seja chamada de “Mãe de Deus”,
Rainha do Céu, Imaculada Conceição, etc, a ICR afirma que é uma veneração, não
uma adoração.
LATRIA: Diz a ICR que é quando o culto
é prestado a Deus. Afirma que latria é adoração. Na verdade o termo “latria”
provém do grego “latreuein” cujo significado é “serviço a um deus; culto,
adoração”. A origem, portanto, é pagã, pois era incontável o número de deuses
na Grécia. Adorar qualquer um deles era praticar a latria. Entre nós, como já
foi dito, latria deu origem à expressão idolatria.
A verdade é que os três termos acima se
confundem, ou seja, na prática não é possível fazer a distinção entre eles. Ou
será que o católico romano sabe fazer a diferença entre adoração e veneração
quando dobra os seus joelhos, reza e faz pedidos, diante de uma imagem de
“Nossa Senhora”, de São Pedro ou outros santos?
Imaginemos, contudo, um católico
sincero e bem instruído nos mistérios de sua religião. Ele vai à igreja prestar
seu culto. Primeiramente ele pretende venerar São Pedro, e pratica a dulia.
Depois, querendo prestar culto à Maria, tem que deixar a dulia e praticar a
hiperdulia. Finalmente, com a intenção de cultuar a Deus, ele precisa despir-se
da dulia e da hiperdulia, pois agora deve praticar a latria. Convenhamos que é
muita heresia para um único culto.
O culto aos santos: é latria ou
idolatria?
O culto aos santos, para quem conhece a
Bíblia e a História, e tem compromisso com a verdade, sabe que tudo isso teve
origem em práticas pagãs. Foi o Papa Bonifácio IV, em 610 dC., quem introduziu
esta heresia ao celebrar, pela primeira vez, a festa de “todos os santos”,
quando substituiu o “Panteão Romano”, que era um templo pagão dedicado a todos
os deuses, por um templo cristão, para que as relíquias dos “santos”, inclusive
as de Maria, fossem ali colocadas. O culto aos deuses e as deusas do paganismo foi,
então, substituído pelo culto aos santos e à Maria.
Assim, a ICR foi, dia a dia,
assimilando os costumes pagãos, distanciando-se da doutrina cristã, tornando-se
uma seita herética, tão diferente daquela igreja fundada por Jesus, na cruz do
calvário e inaugurada pelo Espírito Santo, no Dia de Pentecostes, no ano 29 dC.
Na Igreja primitiva, aquela fundada por
Jesus e que Ele chamou de “minha igreja”, nunca houve a celebração de cultos a
nenhum santo. Somente o nome de Jesus era adorado e todo culto prestado a Deus.
Portanto hoje, não somente a ICR, mas qualquer outra igreja, que preste culto a
qualquer outro que não seja o próprio Deus, deve ser considerada uma seita
herética.
O culto a Maria (ou Mariolatria)
O que a Bíblia diz sobre Maria
“Eis que uma virgem conceberá, e dará à
luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Isaías 7.14).
A promessa do nascimento deste filho
foi feita pelo próprio Deus, lá no Éden, logo após a queda de Adão, falando à
serpente, o nosso Deus afirmou:
“E porei inimizade entre ti e a
mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta lhe ferirá a cabeça, e tu
lhe ferirás o calcanhar”.
Ficou estabelecido por Deus que, de uma
mulher deveria nascer o Redentor, o qual não seria outro senão o próprio Filho
de Deus, o Senhor Jesus Cristo. Cerca de quase quatro mil anos se passaram até
que: “Vindo a plenitude dos tempos” Deus
enviaria o Seu filho, nascido de mulher” (Gálatas
4.4).
Pela promessa feita por Deus no Éden, o
Senhor Jesus teria que vir inteiramente como homem. Ele teria que se despir dos
atributos de sua divindade. E o seu nascimento não poderia ser diferente, pois
sabemos que toda vida humana é gerada no ato da concepção, e para isto há
necessidade de um homem e de uma mulher. Depois da queda de Adão, em toda a
história da humanidade, o único homem que, para nascer não necessitou da fusão
de duas sementes, uma masculina e outra feminina, foi Jesus. Isso porque foi o
único que era pré-existente, mesmo antes do seu nascimento. Assim, o Senhor
Deus não necessitava da presença do homem para que Seu Filho fosse gerado, isso
por que: “Nele, estava a vida e a vida era a luz
dos homens” (João 1.4).
Sendo assim, Jesus viria sem a
participação do homem, mas não poderia vir sem a participação da mulher.
Segundo a promessa de Deus, o Redentor teria que entrar nesta vida terrena da
mesma forma que entraram e entrariam todos os homens, com exceção de Adão,
através do ventre de uma mulher. Portanto, Deus precisava escolher uma mulher
para ser a mãe de Seu Filho, aqui na terra.
A escolha de Maria
Se não soubéssemos que Deus é
Onisciente, diríamos que a escolha de Maria teria sido a mais difícil de todas
as escolhas feitas por Deus, ao longo da história. Ele escolheu Noé para dar
continuidade à raça humana após o dilúvio; escolheu Abraão para ser o Pai de
uma nova nação; escolheu Moisés para ser o libertador de seu povo, no Egito;
reis, profetas, sacerdotes, outros homens e mulheres Deus escolheu para missões
difíceis e especiais. Porém, talvez a mais importante das escolhas tenha sido
encontrar uma moça que preenchesse todos os requisitos para ser a mãe de Seu
Filho.
Tratava-se de uma escolha ímpar, pois
seria a única pessoa, na história da humanidade, a ser escolhida para cuidar
daquele que, no evangelho de João 1.1 a 4, foi dito: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada
do que foi feito se fez. Nele estava a vida e a vida era a luz dos
homens”. Daquele que o apóstolo Paulo (em
Colossenses 1.16 e 17), diz que "todas as coisas foram criadas n´Ele,
por Ele e para Ele". Essa moça seria a mãe do Criador.
A mais pura das virgens de Israel
Maria foi a moça que melhor preencheu
as condições de santidade exigidas por Deus. Contudo, é preciso ressaltar que a
promessa de Deus, feita lá no Éden, era de que o Redentor nasceria de uma
mulher. Uma mulher igual a todas as demais mulheres nascidas na terra, ou seja,
com a mesma constituição biológica, sem nada de especial. Tal verdade bíblica
não pode ser perdida de vista.
Maria nasceu, viveu e morreu como
nascem, vivem e morrem todas as criaturas humanas. Pela bíblia não há como
fazê-la diferente, muito menos imaculada!
Bendita entre as mulheres, sim!
Na Bíblia Sagrada, no evangelho de
Lucas 1.42, a sua prima Isabel afirmou a ela: “...Bendita és tu entre
as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre” !
No entanto, naquele momento, Maria não
abençoou Isabel. Ela continuava sendo “a serva do Senhor” (Lucas
1.38), conforme antes havia declarado ao anjo Gabriel.
Ela era bendita ou abençoada porque,
naquele dia, ainda num linguajar humano, quando o Senhor passou “em revista”
todas as virgens existentes no Reino de Israel, ela, Maria, foi escolhida por
Deus, certamente porque, naquele momento, era a que melhor preenchia as
condições exigidas pela santidade de Deus. Ela era a mais pura de todas as
virgens de Israel. E tinha que ser de Israel, pois esta era a promessa de Deus
feita a Abraão, em Gênesis 12.3:
“ em ti serão benditas todas as
famílias da terra”.
Maria, uma perfeita escolha de Deus
Repetindo Gálatas 4.4: “Mas
vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher”.
Nascer de uma mulher, esta era a promessa de Deus feita lá no Jardim do Éden. O
redentor do homem teria que vir como sendo “a semente da mulher”. Portanto,
através de um ventre materno era a única maneira para que o Filho de Deus
viesse ao mundo, como homem.
Pela Lei de Moisés, o redentor tinha
que ser parente daquele que necessitava ser resgatado. Jesus, como Deus, não
era parente do homem, mas, sim, seu Criador. Então, para se credenciar como
redentor, a fim de libertar os homens escravizados pelo pecado, o Filho de Deus
tinha que se tornar Filho do Homem. É desta forma que o apóstolo Paulo o
descreve, em Filipenses 2.6 e 7: “
... sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas,
aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens”.
Para Jesus se tornar Filho do Homem,
necessitava de um ventre materno
Receber e desenvolver, por nove meses,
o Filho de Deus, o Criador de todas as coisas, em seu ventre, seria, como de
fato foi, o maior privilégio, em toda a história da humanidade que uma mulher
poderia ter. A escolha dessa mulher foi feita pelo próprio Deus. E Deus
escolheu Maria !
No Evangelho de Lucas 1.26, podemos
ler: “E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade
da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, desposada com um varão cujo nome era
José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria”.
Uma cidade chamada Nazaré ! A escolhida
por Deus não foi encontrada em Jerusalém, a capital do País, nem em qualquer
outra grande cidade da época. Mas em Nazaré, pequena cidade, sem nenhuma
importância. Seu nome não se encontra no Antigo Testamento, nem mesmo nos
livros apócrifos, nem nas obras de Flávio Josefo (importante historiador Judeu,
do século I dC).
Se a escolha fosse feita por um homem,
provavelmente ele não perderia tempo indo procurar uma pessoa tão especial, a
mais bendita de todas as mulheres, numa cidadezinha chamada Nazaré. No entanto,
a escolha foi feita por Deus ! E foi por inspiração do próprio Deus, que no
Salmo 101.6, o salmista diz: “ Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para
que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá”. Certamente
que Maria andava nos caminhos retos do Senhor, para que viesse a ser escolhida.
Tinha que ser uma jovem virgem, símbolo
de pureza
Quase setecentos e cinquenta anos
antes, o Profeta (Isaías 7.14), afirmou: “... eis que uma virgem
conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”. Sabe-se que todo
nome judaico tem uma simbologia, um significado: e Emanuel significa “Deus
conosco”.
Em relação à Maria, aprendemos que,
quando Deus precisa de alguém, esse alguém será encontrado por Ele, esteja onde
estiver. Creia nisto! Assim, além de conservar a sua pureza, Maria nada mais
precisou fazer para ser a escolhida de Deus.
O anjo Gabriel saiu da presença de
Deus, com uma incumbência e um endereço certo. Não foi o anjo que forneceu o endereço de Maria a
Deus. Foi Deus quem deu ao anjo o endereço dela. Nesses dois mil anos que se
passaram desde então, Deus não mudou. Ele continua sabendo o endereço de cada
um dos seus filhos. Portanto, meu irmão e minha irmã, se você se sente
escolhido de Deus e está aguardando a sua chamada, então, mantenha-se nos
caminhos do Senhor e descanse, espere ! Deus tem o seu endereço, tal como tinha
o de Maria.
E PENSAR QUE TEM MUITOS CRENTES
DESINFORMADOS, QUE FALAM MAL DE MARIA !
Dentre todas as jovens do seu tempo,
Maria foi a escolhida de Deus. É claro que, nem antes e nem depois de ter sido
escolhida, ela procurou chamar a atenção para a sua própria pessoa. A verdade é
que Maria não tem culpa nenhuma do que estão fazendo com ela. Quem colocou
Maria, na vala comum da idolatria pecaminosa e abominável diante de Deus, e
quem inventou a “Mariolatria” foi a ICR. Assim, se hoje ela é adorada por
milhões de criaturas, a culpa não é dela. Ela jamais aceitaria adoração, visto
que nunca se esqueceu de quem era, conforme declarou ao anjo Gabriel,
registrado em Lucas 1.38: “
Disse então Maria: eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra”.
Ela era serva, criatura de Deus, não
podia e não queria receber adoração. Nunca é demais repetir a verdade: somente
Deus pode receber adoração.
O cântico de Maria
O cântico de Maria, registrado em Lucas
1.46 a 49, não é o cântico da “Mãe de Deus”, da “Rainha dos Céus”, mas sim o
cântico, muito humilde, de uma serva do Senhor: “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao
Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque atentou na
humildade da sua serva, pois eis que, desde agora, todas as gerações me
chamarão de bem aventurada. Porque me fez grandes coisas o Poderoso; e Santo é
o seu nome”.
Como vimos, para Maria, “Poderoso e
Santo” era Deus, ela era apenas a “serva do Senhor”. É claro que, biblicamente
falando, Maria, como todos os demais santos que “dormiram no Senhor”, está no
Paraíso, aguardando a 2ª vinda de Jesus, momento da ressurreição dos mortos em
Cristo. Nesta condição, segundo ensinou Jesus, ela está sendo “consolada” (ver
lucas 16.25), não tendo qualquer lembrança de sua vida terrena e nem qualquer
ciência do que se passa aqui na terra.
Porém, se porventura tivesse essa
lembrança e soubesse o que a ICR fez e continua fazendo em torno do seu nome;
dizendo e ensinando blasfêmias, quando afirmam que ela é “a mãe de Deus”;
elevando-a à “Rainha do Céu”. Aquela que é carregada em procissões pelas ruas,
adorada, explorada comercialmente, e até elevada à condição de “protetora” ou
“padroeira” de um país, com certeza ficaria decepcionada. Veria mazelas,
corrupções, impunidades, mentiras e outras desgraças similares, praticadas sob
as “bênçãos de Maria”. Pense nisto, outra poderia ser a situação deste nosso
país se, em lugar de uma pseudoprotetora, tivesse um protetor de verdade,
aquele sobre o qual o salmista disse (no Salmo 33.12): “Bem aventurada a nação, cujo Deus é o Senhor...”.
Se Maria, cuja memória deve ser respeitada,
pudesse saber o que acontece na terra, é provável que o céu não seria céu para
ela. Em vida, como judia que era, certamente conheceu o pensamento do Senhor
Deus a respeito da idolatria, pois foi ele mesmo quem afirmou e registrou no
livro de Isaías 42.8: “Eu sou o Senhor,
este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor,
às imagens de escultura”.
Maria não tem culpa de tudo o que
pessoas irresponsáveis, ignorantes e sem temor da Palavra de Deus, filhos da
desobediência e rebeldes à Palavra, fizeram e continuam fazendo com o seu nome,
aqui na terra. Nós, porém, que conhecemos e respeitamos a Palavra de Deus,
respeitamos a memória de Maria, que foi uma bênção nas mãos de Deus, por ter
sido a escolhida para trazer ao mundo seu Filho Jesus.
E você ? que teve paciência de
ler esta mensagem até o final, pode agora decidir o que fazer ... vai continuar
adorando ídolos ? Vai continuar sendo desobediente a Deus ? Para que possa
refletir nunca é demais repetir o que Jesus disse e que já foi destacado no
início deste texto: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. De
que? “da ira futura de Deus, contra os filhos da desobediência”. E
se continuar desobedecendo, para onde pode ir? “para o lago que arde fogo e
enxofre”.
QUERIDO LEITOR. MEU ÚNICO INTUITO É QUE VOCÊ SEJA
SALVO. QUE DEUS LHE ABENÇOE .
O crente em geral, mas especialmente
aquele que se preocupa em estudar a bíblia, aprende logo que Deus abomina a
idolatria. Porém, até mesmo entre os crentes, e principalmente entre a maioria
dos católicos sinceros, muitos não sabem exatamente o que é idolatria.
Este texto, extraído do livro
HERESIOLOGIA – Lição 4 – da FATESA (Faculdade de Teologia de Santo André), tem
por objetivo discutir o assunto. Não temos a pretensão de induzir ninguém a
mudar de religião, mas apenas estabelecer a verdade, com base nos textos
bíblicos, pois o próprio Jesus nos disse, no Evangelho de João 8.32: "Conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará..." Alguns podem dizer: mas
de que eu preciso ser liberto? A resposta é que a verdade libertará você “da
ira futura de Deus, contra os filhos da desobediência” (Colossenses
3.6).
O vocábulo “idolatria” tem origem no
grego, onde “eidolon” é ídolo e “latreuein” é adorar. Assim, em sentido
estrito, idolatria significa adoração a ídolos ou imagens. No entanto, em
sentido lato, pode significar qualquer coisa que venha ocupar o lugar de Deus
em nossos corações ou em nossas vidas. É neste sentido que o apóstolo João,
escrevendo à igreja que já tinha mais de sessenta anos de vivência cristã,
afirmou: ..."Filhinhos, guardai-vos dos
ídolos. Amém !” (I Epístola de João 5.21).
O apóstolo João não está aqui se
referindo à adoração de imagens, mas, a qualquer coisa, incluindo pessoas, que
pudessem vir a ocupar o lugar de Deus nos corações dos Filhos de Deus.
Do ponto de vista bíblico ou
doutrinário a idolatria não é apenas uma heresia, mas, talvez, a mais
detestável de todas elas. Ao formar a nação de Israel, Deus teve o cuidado de
incluir a sua proibição na Lei de Moisés, declarando-a com todas as
letras: “ Não terás outros deuses diante de
mim”. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em
cima nos céus, nem embaixo da terra, nem nas águas debaixo da terra; não as
adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso,
que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração
daqueles que me aborrecem” (Êxodo 20.3 a
5).
O que a Bíblia diz sobre a idolatria
1. Diz que ela é abominável ao
Senhor... Abominar é detestar, repelir com horror, aborrecer, odiar.
“As imagens de escultura de seus deuses
queimarás a fogo; a prata e o ouro que estão sobre elas não cobiçarás, nem os
tomarás para ti, para que não te enlaces neles; pois abominação são ao Senhor,
teu Deus"(Deuteronômio 7.25).
2. Diz que ela aborrece ao Senhor ...
“Nem levantarás estátua, a qual o
Senhor, teu Deus, aborrece” (Deuteronômio
16.22).
3. Diz que ela é coisa vã e tola...
“Têm boca, mas não falam; têm olhos mas
não vêem; tem ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram. Têm mãos mas
não apalpam; têm pés, mas não andam, nem som algum sai da sua garganta” (Salmos 115.5 a 7).
4. Diz que ela é inútil, ou seja, não
tem nenhum valor...
“A quem me fareis semelhante, e com
quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes ? Gastam o
ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças; assalariam os ourives, e ele faz um
deus, e diante se prostram e se inclinam. Sobre os ombros o tomam, o levam e o
põem no seu lugar; ali está, do seu lugar não se move; e, se recorrerem a ele,
resposta nenhuma dá, nem livra ninguém da sua tribulação” (Isaías 46.5 a 7).
5. Diz que ela nãoa tem nenhum sentido,
ou seja, é irracional...
“Sendo nós, pois, geração de Deus, não
havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à
pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens” (Atos 17.29).
“ E mudaram a glória de Deus
incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de
quadrúpedes, e de répteis” (Romanos 1.23).
6. Diz que ela é contaminadora...
“Então lhes disse: Cada um lance de si
as abominações dos seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; eu
sou o Senhor, vosso Deus” (Ezequiel 20.7).
“Derramei pois, o meu furor sobre eles,
por causa do sangue que derramaram sobre a terra e dos seus ídolos com que a
contaminaram” (Ezequiel 36.18).
O que a Bíblia diz sobre os ídolos
Dentre outras coisas, ela diz que:
1. São deuses estranhos...
“ Então disse Jacó à sua família e a
todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós,
e purificai-vos, e mudai as vossas vestes” (Gênesis
35.2).
2. São deuses de fundição...
“ Não farás para ti deuses de fundição”
(Êxodo 34.17).
3. São como nada...
“ Assim que, quanto a comer das coisas
sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo e que não há outro
Deus, senão um só” (I Coríntios 8.4).
Sobre a idolatria no Novo Testamento
Qualquer organização religiosa que
tiver vínculo com a idolatria, à luz do Novo Testamento, certamente também será
considerada uma seita herética. Pode-se perceber que, na igreja primitiva,
idolatria era coisa abominável. O Senhor Jesus afirmou (em Mateus 4.10):
“Então, disse-lhe Jesus: Vai-te
Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele
servirás”.
Jesus também deixou claro que a
verdadeira adoração não necessita da imagem visual, quando no evangelho de João
4.23 e 24, afirmou: “Mas a hora vem, e
agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em
verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e
importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.
Também o apóstolo Paulo listou a
idolatria como obra da carne e no mesmo grau de perniciosidade que a
feitiçaria, quando registrou em sua Epístola aos Gálatas 5.19 e 20:
“Porque as obras da carne são
manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria,
feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões,
heresias”.
O mesmo Paulo deixou claro que os
idólatras não herderão o Reino de Deus, em
I Coríntios 6.10: “ Não erreis, nem os
devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os
sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus”.
O apóstolo João, no livro de Apocalipse
21.8, foi ainda mais contundente ao afirmar que o destino dos idólatras
será o lago de fogo:
“Mas, quando aos tímidos, e aos
incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros,
e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com
fogo e enxofre, que é a segunda morte”.
Em toda a Bíblia, todo e qualquer tipo
de idolatria é radicalmente rejeitado e condenado. Deus proibiu ao seu povo a
confecção e o culto às imagens ou estátuas, visto que os povos pagãos atribuíam
a esses artefatos de barro, de madeira, ou outro material corruptível, um
caráter religioso. Acreditavam que a divindade se fazia presente por meio dessa
prática.
Como já se viu, no Velho Testamento, o
nosso Deus, Todo Poderoso, ensinou ao seu povo a não cultuar imagens de
qualquer natureza. No Novo Testamento não deixou por menos. Assim, por tudo que
até aqui foi visto, pode-se resumir o assunto, numa única verdade, aquela que
está registrada no livro de Êxodo 20.3: “Não terás outros deuses diante
de mim”.
Quando se tenta esclarecer ou falar
desse assunto, com o católico sincero, a maioria afirma que nunca havia ouvido
falar disso e alguns, mais praticantes ou esclarecidos na doutrina católica,
refutam dizendo que as imagens não são deuses ! Que elas não são adoradas, são,
apenas, veneradas.
Será que existe diferença entre
veneração e adoração?
A diferença entre essas duas palavras é
uma pergunta difícil de responder. Os lexicógrafos não fazem diferença. No
dicionário Aurélio adorar e venerar são palavras sinônimas. Veneração tem o
sentido de render culto. Para o dicionário Houaiss, da mesma forma, adorar é
sinônimo de venerar. Lá diz que veneração é respeito inspirado pela dignidade,
talento, poder. Mas é também, render culto, adorar.
Na verdade, quando alguém inventa uma
mentira, fatalmente terá de inventar outras para dar sustentação à mentira
inicial. Assim, quer os dirigentes da Igreja Católica Romana (ICR) queiram ou
não admitir, a expressão venerar foi tomada emprestada da cultura religiosa
pagã, ou melhor, da idolatria. O termo venerar tem sua origem na expressão
grega “venerem”, cujo sentido é “honrar a Vênus”. Honra essa que depois foi
aplicada a outros deuses da mitologia grega, na qual a ICR se inspirou para a
criação dos seus “deuses”, que ela chamou de “santos”. Não é demais acrescentar
que Vênus, para os romanos, era a mesma Afrodite para os gregos. Era a “deusa”
do amor, da beleza, dos prazeres, especialmente sexuais. De Vênus originou-se o
nome do preservativo conhecido como “camisinha de vênus” e, de Afrodite surgiu
a expressão “afrodisíaco” dada aos produtos que supostamente são considerados
tonificantes da atividade sexual.
A explicação da Igreja Católica Romana
É claro que 90% dos católicos não
sabem, mas para tentar explicar a diferença entre veneração e adoração, a sua
igreja aumentou ainda mais a confusão, fazendo uso de três outro termos: DULIA,
HIPERDULIA e LATRIA.
DULIA: Segundo a ICR, pratica-se a
latria quando a veneração é dirigida aos anjos e aos santos, ou seja, aos
servos de Deus. A palavra originou-se da expressão grega “douléia”, cujo
sentido é servidão, submissão. Mesmo assim, a ICR afirma que quem se prostra
diante de um ídolo, faz pedido e reza em seu nome, não está adorando, mas sim,
venerando.
HIPERDULIA: Segundo a ICR é quando a
veneração é feita aos pés da Virgem Maria. Hiperdulia, ao que parece, está
acima da dulia. Mesmo que, de joelhos, ela seja chamada de “Mãe de Deus”,
Rainha do Céu, Imaculada Conceição, etc, a ICR afirma que é uma veneração, não
uma adoração.
LATRIA: Diz a ICR que é quando o culto
é prestado a Deus. Afirma que latria é adoração. Na verdade o termo “latria”
provém do grego “latreuein” cujo significado é “serviço a um deus; culto,
adoração”. A origem, portanto, é pagã, pois era incontável o número de deuses
na Grécia. Adorar qualquer um deles era praticar a latria. Entre nós, como já
foi dito, latria deu origem à expressão idolatria.
A verdade é que os três termos acima se
confundem, ou seja, na prática não é possível fazer a distinção entre eles. Ou
será que o católico romano sabe fazer a diferença entre adoração e veneração
quando dobra os seus joelhos, reza e faz pedidos, diante de uma imagem de
“Nossa Senhora”, de São Pedro ou outros santos?
Imaginemos, contudo, um católico
sincero e bem instruído nos mistérios de sua religião. Ele vai à igreja prestar
seu culto. Primeiramente ele pretende venerar São Pedro, e pratica a dulia.
Depois, querendo prestar culto à Maria, tem que deixar a dulia e praticar a
hiperdulia. Finalmente, com a intenção de cultuar a Deus, ele precisa despir-se
da dulia e da hiperdulia, pois agora deve praticar a latria. Convenhamos que é
muita heresia para um único culto.
O culto aos santos: é latria ou
idolatria?
O culto aos santos, para quem conhece a
Bíblia e a História, e tem compromisso com a verdade, sabe que tudo isso teve
origem em práticas pagãs. Foi o Papa Bonifácio IV, em 610 dC., quem introduziu
esta heresia ao celebrar, pela primeira vez, a festa de “todos os santos”,
quando substituiu o “Panteão Romano”, que era um templo pagão dedicado a todos
os deuses, por um templo cristão, para que as relíquias dos “santos”, inclusive
as de Maria, fossem ali colocadas. O culto aos deuses e as deusas do paganismo foi,
então, substituído pelo culto aos santos e à Maria.
Assim, a ICR foi, dia a dia,
assimilando os costumes pagãos, distanciando-se da doutrina cristã, tornando-se
uma seita herética, tão diferente daquela igreja fundada por Jesus, na cruz do
calvário e inaugurada pelo Espírito Santo, no Dia de Pentecostes, no ano 29 dC.
Na Igreja primitiva, aquela fundada por
Jesus e que Ele chamou de “minha igreja”, nunca houve a celebração de cultos a
nenhum santo. Somente o nome de Jesus era adorado e todo culto prestado a Deus.
Portanto hoje, não somente a ICR, mas qualquer outra igreja, que preste culto a
qualquer outro que não seja o próprio Deus, deve ser considerada uma seita
herética.
O culto a Maria (ou Mariolatria)
O que a Bíblia diz sobre Maria
“Eis que uma virgem conceberá, e dará à
luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Isaías 7.14).
A promessa do nascimento deste filho
foi feita pelo próprio Deus, lá no Éden, logo após a queda de Adão, falando à
serpente, o nosso Deus afirmou:
“E porei inimizade entre ti e a
mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta lhe ferirá a cabeça, e tu
lhe ferirás o calcanhar”.
Ficou estabelecido por Deus que, de uma
mulher deveria nascer o Redentor, o qual não seria outro senão o próprio Filho
de Deus, o Senhor Jesus Cristo. Cerca de quase quatro mil anos se passaram até
que: “Vindo a plenitude dos tempos” Deus
enviaria o Seu filho, nascido de mulher” (Gálatas
4.4).
Pela promessa feita por Deus no Éden, o
Senhor Jesus teria que vir inteiramente como homem. Ele teria que se despir dos
atributos de sua divindade. E o seu nascimento não poderia ser diferente, pois
sabemos que toda vida humana é gerada no ato da concepção, e para isto há
necessidade de um homem e de uma mulher. Depois da queda de Adão, em toda a
história da humanidade, o único homem que, para nascer não necessitou da fusão
de duas sementes, uma masculina e outra feminina, foi Jesus. Isso porque foi o
único que era pré-existente, mesmo antes do seu nascimento. Assim, o Senhor
Deus não necessitava da presença do homem para que Seu Filho fosse gerado, isso
por que: “Nele, estava a vida e a vida era a luz
dos homens” (João 1.4).
Sendo assim, Jesus viria sem a
participação do homem, mas não poderia vir sem a participação da mulher.
Segundo a promessa de Deus, o Redentor teria que entrar nesta vida terrena da
mesma forma que entraram e entrariam todos os homens, com exceção de Adão,
através do ventre de uma mulher. Portanto, Deus precisava escolher uma mulher
para ser a mãe de Seu Filho, aqui na terra.
A escolha de Maria
Se não soubéssemos que Deus é
Onisciente, diríamos que a escolha de Maria teria sido a mais difícil de todas
as escolhas feitas por Deus, ao longo da história. Ele escolheu Noé para dar
continuidade à raça humana após o dilúvio; escolheu Abraão para ser o Pai de
uma nova nação; escolheu Moisés para ser o libertador de seu povo, no Egito;
reis, profetas, sacerdotes, outros homens e mulheres Deus escolheu para missões
difíceis e especiais. Porém, talvez a mais importante das escolhas tenha sido
encontrar uma moça que preenchesse todos os requisitos para ser a mãe de Seu
Filho.
Tratava-se de uma escolha ímpar, pois seria a única pessoa, na história da humanidade, a ser escolhida para cuidar daquele que, no evangelho de João 1.1 a 4, foi dito: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens”. Daquele que o apóstolo Paulo (em Colossenses 1.16 e 17), diz que "todas as coisas foram criadas n´Ele, por Ele e para Ele". Essa moça seria a mãe do Criador.
A mais pura das virgens de Israel
Maria foi a moça que melhor preencheu
as condições de santidade exigidas por Deus. Contudo, é preciso ressaltar que a
promessa de Deus, feita lá no Éden, era de que o Redentor nasceria de uma
mulher. Uma mulher igual a todas as demais mulheres nascidas na terra, ou seja,
com a mesma constituição biológica, sem nada de especial. Tal verdade bíblica
não pode ser perdida de vista.
Maria nasceu, viveu e morreu como
nascem, vivem e morrem todas as criaturas humanas. Pela bíblia não há como
fazê-la diferente, muito menos imaculada!
Bendita entre as mulheres, sim!
Na Bíblia Sagrada, no evangelho de
Lucas 1.42, a sua prima Isabel afirmou a ela: “...Bendita és tu entre
as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre” !
No entanto, naquele momento, Maria não
abençoou Isabel. Ela continuava sendo “a serva do Senhor” (Lucas
1.38), conforme antes havia declarado ao anjo Gabriel.
Ela era bendita ou abençoada porque,
naquele dia, ainda num linguajar humano, quando o Senhor passou “em revista”
todas as virgens existentes no Reino de Israel, ela, Maria, foi escolhida por
Deus, certamente porque, naquele momento, era a que melhor preenchia as
condições exigidas pela santidade de Deus. Ela era a mais pura de todas as
virgens de Israel. E tinha que ser de Israel, pois esta era a promessa de Deus
feita a Abraão, em Gênesis 12.3:
“ em ti serão benditas todas as
famílias da terra”.
Maria, uma perfeita escolha de Deus
Repetindo Gálatas 4.4: “Mas
vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher”.
Nascer de uma mulher, esta era a promessa de Deus feita lá no Jardim do Éden. O
redentor do homem teria que vir como sendo “a semente da mulher”. Portanto,
através de um ventre materno era a única maneira para que o Filho de Deus
viesse ao mundo, como homem.
Pela Lei de Moisés, o redentor tinha
que ser parente daquele que necessitava ser resgatado. Jesus, como Deus, não
era parente do homem, mas, sim, seu Criador. Então, para se credenciar como
redentor, a fim de libertar os homens escravizados pelo pecado, o Filho de Deus
tinha que se tornar Filho do Homem. É desta forma que o apóstolo Paulo o
descreve, em Filipenses 2.6 e 7: “
... sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas,
aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens”.
Para Jesus se tornar Filho do Homem,
necessitava de um ventre materno
Receber e desenvolver, por nove meses,
o Filho de Deus, o Criador de todas as coisas, em seu ventre, seria, como de
fato foi, o maior privilégio, em toda a história da humanidade que uma mulher
poderia ter. A escolha dessa mulher foi feita pelo próprio Deus. E Deus
escolheu Maria !
No Evangelho de Lucas 1.26, podemos
ler: “E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade
da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, desposada com um varão cujo nome era
José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria”.
Uma cidade chamada Nazaré ! A escolhida
por Deus não foi encontrada em Jerusalém, a capital do País, nem em qualquer
outra grande cidade da época. Mas em Nazaré, pequena cidade, sem nenhuma
importância. Seu nome não se encontra no Antigo Testamento, nem mesmo nos
livros apócrifos, nem nas obras de Flávio Josefo (importante historiador Judeu,
do século I dC).
Se a escolha fosse feita por um homem,
provavelmente ele não perderia tempo indo procurar uma pessoa tão especial, a
mais bendita de todas as mulheres, numa cidadezinha chamada Nazaré. No entanto,
a escolha foi feita por Deus ! E foi por inspiração do próprio Deus, que no
Salmo 101.6, o salmista diz: “ Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para
que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá”. Certamente
que Maria andava nos caminhos retos do Senhor, para que viesse a ser escolhida.
Tinha que ser uma jovem virgem, símbolo
de pureza
Quase setecentos e cinquenta anos
antes, o Profeta (Isaías 7.14), afirmou: “... eis que uma virgem
conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”. Sabe-se que todo
nome judaico tem uma simbologia, um significado: e Emanuel significa “Deus
conosco”. Em relação à Maria, aprendemos que,
quando Deus precisa de alguém, esse alguém será encontrado por Ele, esteja onde
estiver. Creia nisto! Assim, além de conservar a sua pureza, Maria nada mais
precisou fazer para ser a escolhida de Deus.
O anjo Gabriel saiu da presença de
Deus, com uma incumbência e um endereço certo. Não foi o anjo que forneceu o endereço de Maria a
Deus. Foi Deus quem deu ao anjo o endereço dela. Nesses dois mil anos que se
passaram desde então, Deus não mudou. Ele continua sabendo o endereço de cada
um dos seus filhos. Portanto, meu irmão e minha irmã, se você se sente
escolhido de Deus e está aguardando a sua chamada, então, mantenha-se nos
caminhos do Senhor e descanse, espere ! Deus tem o seu endereço, tal como tinha
o de Maria.
E PENSAR QUE TEM MUITOS CRENTES
DESINFORMADOS, QUE FALAM MAL DE MARIA !
Dentre todas as jovens do seu tempo,
Maria foi a escolhida de Deus. É claro que, nem antes e nem depois de ter sido
escolhida, ela procurou chamar a atenção para a sua própria pessoa. A verdade é
que Maria não tem culpa nenhuma do que estão fazendo com ela. Quem colocou
Maria, na vala comum da idolatria pecaminosa e abominável diante de Deus, e
quem inventou a “Mariolatria” foi a ICR. Assim, se hoje ela é adorada por
milhões de criaturas, a culpa não é dela. Ela jamais aceitaria adoração, visto
que nunca se esqueceu de quem era, conforme declarou ao anjo Gabriel,
registrado em Lucas 1.38: “
Disse então Maria: eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra”.
Ela era serva, criatura de Deus, não
podia e não queria receber adoração. Nunca é demais repetir a verdade: somente
Deus pode receber adoração.
O cântico de Maria
O cântico de Maria, registrado em Lucas
1.46 a 49, não é o cântico da “Mãe de Deus”, da “Rainha dos Céus”, mas sim o
cântico, muito humilde, de uma serva do Senhor: “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao
Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque atentou na
humildade da sua serva, pois eis que, desde agora, todas as gerações me
chamarão de bem aventurada. Porque me fez grandes coisas o Poderoso; e Santo é
o seu nome”.
Como vimos, para Maria, “Poderoso e
Santo” era Deus, ela era apenas a “serva do Senhor”. É claro que, biblicamente
falando, Maria, como todos os demais santos que “dormiram no Senhor”, está no
Paraíso, aguardando a 2ª vinda de Jesus, momento da ressurreição dos mortos em
Cristo. Nesta condição, segundo ensinou Jesus, ela está sendo “consolada” (ver
lucas 16.25), não tendo qualquer lembrança de sua vida terrena e nem qualquer
ciência do que se passa aqui na terra.
Porém, se porventura tivesse essa
lembrança e soubesse o que a ICR fez e continua fazendo em torno do seu nome;
dizendo e ensinando blasfêmias, quando afirmam que ela é “a mãe de Deus”;
elevando-a à “Rainha do Céu”. Aquela que é carregada em procissões pelas ruas,
adorada, explorada comercialmente, e até elevada à condição de “protetora” ou
“padroeira” de um país, com certeza ficaria decepcionada. Veria mazelas,
corrupções, impunidades, mentiras e outras desgraças similares, praticadas sob
as “bênçãos de Maria”. Pense nisto, outra poderia ser a situação deste nosso
país se, em lugar de uma pseudoprotetora, tivesse um protetor de verdade,
aquele sobre o qual o salmista disse (no Salmo 33.12): “Bem aventurada a nação, cujo Deus é o Senhor...”.
Se Maria, cuja memória deve ser respeitada,
pudesse saber o que acontece na terra, é provável que o céu não seria céu para
ela. Em vida, como judia que era, certamente conheceu o pensamento do Senhor
Deus a respeito da idolatria, pois foi ele mesmo quem afirmou e registrou no
livro de Isaías 42.8: “Eu sou o Senhor,
este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor,
às imagens de escultura”.
Maria não tem culpa de tudo o que
pessoas irresponsáveis, ignorantes e sem temor da Palavra de Deus, filhos da
desobediência e rebeldes à Palavra, fizeram e continuam fazendo com o seu nome,
aqui na terra. Nós, porém, que conhecemos e respeitamos a Palavra de Deus,
respeitamos a memória de Maria, que foi uma bênção nas mãos de Deus, por ter
sido a escolhida para trazer ao mundo seu Filho Jesus.
E você ? que teve paciência de
ler esta mensagem até o final, pode agora decidir o que fazer ... vai continuar
adorando ídolos ? Vai continuar sendo desobediente a Deus ? Para que possa
refletir nunca é demais repetir o que Jesus disse e que já foi destacado no
início deste texto: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. De
que? “da ira futura de Deus, contra os filhos da desobediência”. E
se continuar desobedecendo, para onde pode ir? “para o lago que arde fogo e
enxofre”.
QUERIDO LEITOR. MEU ÚNICO INTUITO É QUE VOCÊ SEJA
SALVO. QUE DEUS LHE ABENÇOE .
Ariovaldo Nuvolari
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